TIM chega a subir quase 10% após proposta da KKR para comprar controladora Telecom Italia
As ações da TIM Brasil (TIMS3) abriram o dia de negociação em forte alta, seguindo o desempenho do papel da controladora Telecom Italia, que chegou a disparar 30% na Bolsa de Milão nesta segunda-feira (22) após receber uma proposta não vinculativa de compra do fundo de private equity norte-americano KKR.
No Brasil, a ação da TIM chegou a subir 9,6% na manhã desta segunda, atingindo máxima de R$ 14,78. Por volta das 11h20, o papel registrava ganhos de 3,71%, negociado a R$ 13,98, enquanto o Ibovespa avançava 1,24%, a 104.311,88 pontos.
A KKR avaliou a Telecom Italia em 10,8 bilhões de euros, classificando como “amigável” sua oferta de 0,505 euro por ação — prêmio de 45,7% em relação ao fechamento das ações do grupo na última sexta.
Negócio fechado?
Uma fonte próxima ao grupo disse à Reuters que a Vivendi, principal investidor da Telecom Italia, não acredita que a oferta avalia adequadamente a companhia.
A KKR é investidor na rede da Telecom Italia e fechou um acordo bilionário com o presidente-executivo, Luigi Gubitosi, no ano passado, por uma participação de 37,5% na FiberCop.
A proposta do fundo precisa ter o apoio do governo e está condicionada a uma análise de due diligence (processo para avaliar os riscos de uma oportunidade de negócio) de quatro semanas.
Os planos da KKR para a Telecom Italia envolvem dividir os ativos da companhia, com a linha fixa sendo administrada como um ativo regulado pelo governo. O fundo também quer fechar o capital do grupo, facilitando o processo de reestruturação.
Segundo a Genial Investimentos, as informações iniciais dão a entender que a KKR está interessada nos ativos da controladora da TIM na Itália, em especial a rede de fibra óptica.
A participação na TIM não parece ser do interesse da gestora. A Genial acredita que, se o negócio for levado adiante, é possível que a parcela na operadora de telecomunicações brasileira seja vendida.
A corretora reforçou a indicação de compra da ação da TIM, com preço-alvo de R$ 15.
*Com informações da Reuters