Tim Brasil (TIMS3) recua com partido líder nas eleições italianas sinalizando venda da operação brasileira; controladora também cai
As ações da Tim Brasil (TIMS3) caem na Bolsa de Valores brasileira e recuam a 1,66%, por volta de 13h30. A controladora, Telecom Itália, também opera em queda, com perdas de 0,75% na bolsa de Nova York (NYSE).
A performance negativa vem ao mesmo tempo em que a companhia virou pauta nas eleições italianas.
A controladora da TIM entrou no radar do partido político de direita Fratelli d’Italia. Conhecido como Irmãos de Itália, o partido pretende fechar o capital da companhia e vender a unidade de operação brasileira para pagar dívidas do grupo.
A informação foi publicada pela imprensa internacional. A Telecom Itália tem dívida líquida de 23 bilhões de euros (US$ 24 bilhões) e enfrenta queda nas receitas no mercado interno.
No último mês, a maior empresa de telecomunicações da Itália anunciou a demissão de 9 mil dos 41 mil funcionários do grupo até 2030. Contudo, o país não digeriu bem o anúncio de demissões em massa.
Além disso, também há a tentativa de venda de ativos para enxugar a dívida. A proposta partiu do CEO, Pietro Labriola, que deixou a presidência da TIM no começo deste ano para assumir a liderança da Telecom Itália. Ele classificou o projeto como uma das transformações mais significativas da empresa.
Governo italiano é acionista da Telecom Itália
O governo italiano está no quadro de acionistas da companhia por meio do banco estatal Cassa Depositi e Prestiti, ou CDP (9,8%).
O plano do partido Fratelli d’Italia passa por um fechamento de capital dirigido pelo CDP. Tal processo resultaria na retirada da Telecom Italia da Bolsa de NY, em um movimento de forte intervenção do governo na empresa.
Entretanto, no momento inicial, a venda da TIM Brasil é apenas uma intenção política. Porém, na TIM Brasil, o alto escalão trata o tema como especulação.
Ainda assim, a notícia carrega um potencial de ganhar força, dependendo do desempenho do Fratelli d’Italia nas eleições locais do próximo mês. Vale destacar que o partido lidera as pesquisas para a formação de um novo governo na Itália.
*Com informações da Reuters e Estadão
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