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‘Essa proteína vai desbancar aves e suínos, se tornando o frango do Brasil na próxima década’, diz diretor do MCassab

10 ago 2024, 10:00 - atualizado em 09 ago 2024, 15:41
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De acordo com a FAO, a tilápia é a proteína do mundo que mais cresce anualmente, com avanço de 3,1% de 2022 para 2023 (Foto: Embrapa)

“A tilápia será a nova força das proteínas brasileiras, superando a produção de aves e suínos e se tornando o frango do Brasil na próxima década”. Foi com essa frase que Mario Sergio Cutait, diretor do Grupo MCassab, iniciou sua participação no “Painel Empresarial: Futuro das Proteínas” no segundo dia do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), na última quarta (7).

Entre os fatores que sustentam essa visão, Cutait citou que a aquicultura superou, em 2022, a pesca na produção mundial de animais aquáticos, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Um movimento, que segundo ele, veio para ficar.

De acordo com a FAO, a tilápia é a proteína do mundo que mais cresce anualmente, com avanço de 3,1% de 2022 para 2023. Até 2032, a produção de pescados deve crescer 10%.

Segundo dados da PeixeBR, o Brasil está na quarta posição entre os maiores produtores da aquicultura global (8% da produção mundial), com a tilápia respondendo por 65% do total produzido no país. Os EUA representam 87% das exportações.

Entre os principais Estados produtores de tilápia, estão: Paraná (209 mil toneladas), São Paulo (75,7 mil toneladas), Minas Gerais (58,2 mil toneladas), Santa Catarina (44,6 mil toneladas) e Mato Grosso do Sul e Pernambuco (44,6 mil toneladas). Apesar disso, a balança comercial de pescados no Brasil foi deficitária em 2023, em US$ 1,087 bilhão.

“Temos muito espaço para expandir nossa produção e exportação, mas, para isso, precisamos de ajuda do Ministério da Agricultura. A tilápia será a próxima força da proteína do Brasil, porque temos água e ração a preços competitivos”, disse Cutait.