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TikTok assusta gigantes da internet; Google (GOGL34) também sente impacto

15 jul 2022, 16:10 - atualizado em 15 jul 2022, 16:10
TikTok
O TikTok está impactando o mundo digital, desbancando gigantes como Google e YouTube (Imagem: Pixabay/SAM-RIZ44)

A geração Z está trocando o Google (GOGL34) pelo TikTok e Instagram, conforme sugeriu o executivo da gigante da tecnologia.

O vice-presidente sênior Prabhakar Raghavan, que administra a organização Knowledge & Information do Google, fez referência aos aplicativos sociais populares.

Segundo o executivo, os usuários mais jovens agora estavam recorrendo a aplicativos como Instagram e TikTok em vez da Pesquisa do Google ou do Maps para fins de descoberta. O YouTube também está perdendo espaço.

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Mudanças de comportamento

O Google já não é mais a primeira parada dos jovens quando precisam buscar por algo.

Raghavan afirmou que, segundo estudos do Google, quase 40% dos jovens buscam no TikTok ou Instagram um lugar para almoçar, e não vão ao Google Maps ou à Pesquisa.

“Continuamos aprendendo, repetidamente, que os novos usuários da Internet não têm as expectativas e a mentalidade com a qual nos acostumamos.” Raghavan disse, acrescentando que “as perguntas que eles fazem são completamente diferentes”.

Com isso, o executivo destacou que uma mudança de comportamento, em que usuários não tendem a digitar palavras-chave, mas procuram descobrir conteúdo de maneiras novas e mais imersivas.

Os impactos da geração Z vão além, impactando também a empresa irmã do Google, o YouTube.

TikTok supera YouTube

O uso do TikTok, aplicativo chinês de vídeos, por crianças e adolescentes disparou em todo o mundo ficando à frente do YouTube, de acordo com pesquisa da Qustodio, empresa de soluções de segurança na internet.

Os jovens usaram o aplicativo por 91 minutos por dia em 2021, bem acima dos 56 minutos do YouTube, disse a companhia que fabrica software de controle parental.

As crianças norte-americanas gastaram, em média, de 99 minutos no TikTok, enquanto as britânicas o usaram por 102 minutos, trouxe a pesquisa.

Com YouTube fora de cena TikTok é favorito na China

Enquanto o aplicativo chinês está dominando o tempo de tela nos lares ocidentais, na China as crianças não conseguem assistir ao YouTube que está bloqueado.

No ano passado, crianças chinesas também sofreram restrições com os jogos on-line.

Por lá, foi estabelecido que elas não poderiam ficar por mais de três horas por semana jogando. A decisão teve como base a crença crescente de que o tempo de tela está tendo um impacto “sinistro” na sociedade, sendo descrito por uma publicação estatal como “ópio espiritual”.

Duelo de gigantes

Nessa briga entre potências, o TikTok aumentou a pressão sobre o YouTube ao introduzir vídeos mais longos, disse um relatório da Tech Crunch.

Antes com um limite de tempo de vídeo em 15 segundos, quando estabelecido em 2016, agora o aplicativo expandiu para até 10 minutos. Em 2021, os conteúdos podiam ter até 3 minutos de duração.

Algo que também vai crescer são os negócios do TikTok. A Insider Intelligence analisa que, com receita de anúncios, a plataforma, provavelmente, ultrapassará o YouTube e a Meta, antigo Facebook, até 2024.

TikTok queridinho do Google

O aplicativo também é preferido como mecanismo de pesquisa do Google por 40% dos jovens, de acordo com um relatório do Business Insider.

A gigante da internet revelou novos recursos de mecanismo de busca, incluindo o Google Lens, para conquistar os usuários jovens do TikTok, revelou o Insider.

Google não quer ficar para trás

Diante deste cenário, mudanças na forma como serviços do Google funcionam estão sendo projetadas, a fim de se aproximar da Geração Z.

Raghavan explicou na conferência que as pessoas mais jovens estavam geralmente interessadas em “formas visualmente ricas” de busca e descoberta.

Sendo assim, ressaltou que muitos dos jovens que estão on-line hoje nunca viram um mapa de papel, mas os produtos de mapas foram projetados para parecer um mapa de papel que ficou “preso no telefone”, o que não atende às expectativas dos usuários mais jovens e é a experiência errada para oferecer a eles, explicou.

“Temos que evocar expectativas completamente novas e isso requer bases tecnológicas totalmente novas”, observou Raghavan

Para lidar com isso, mudanças estão sendo projetadas. Exemplo disso é o Google Maps, que está incorporando realidade aumentada para ajudar os usuários a se posicionarem em seu ambiente.

A empresa também anunciou recentemente outras melhorias no Maps em sua conferência de desenvolvedores Google I/O, onde exibiu novos modos 3D e visualizações imersivas  entre outras coisas, que buscam tornar o Maps menos como uma forma digital de um mapa em papel.

A pesquisa do Google também mudará, com o intuito de atender a demanda dos mais jovens por conteúdo visual.

*Colaboração Gabriela Mackert Occhipinti e Lorena Matos

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