Nem tudo viraliza no TikTok: app desiste de expansão do e-commerce na Europa e nos EUA
O TikTok abandonou os planos de expandir sua iniciativa de e-commerce ao vivo na Europa e nos Estados Unidos. Conhecido como Live Shop, o modelo de vendas onde marcas e influenciadores transmitem ao vivo e vendem produtos por meio da plataforma é um sucesso na China e foi lançado no Reino Unido no ano passado.
A decisão da plataforma ocorreu após problemas registrados com o serviço de e-commerce ao vivo no Reino Unido. Apesar de ser considerado o futuro das compras online pelas plataformas, o modelo não ganhou força entre os consumidores britânicos.
As transmissões ao vivo do TikTok Shop obtiveram vendas fracas, mesmo com a empresa oferecendo subsídios e incentivos em dinheiro para incentivar marcas e influenciadores a vender pelo aplicativo.
As vendas online através de transmissão ao vivo, não é uma novidade exclusiva do TikTok, o modelo já vinha ganhando força entre lives transmitidas principalmente pelos rivais Youtube e Instagram durante a pandemia.
O modelo se provou ser lucrativo para a chinesa ByteDance, controladora do TikTok, que triplicou as vendas no aplicativo “gêmeo” Douyin na China, com mais de 10 bilhões de produtos comercializados em 2021.
Errou de país
Apesar de fraca na Europa, a expectativa é que esta modalidade ganhe outros mercados, principalmente onde os consumidores estão mais habituados ao e-commerce, como o Brasil, onde clientes já estão entre os que mais fazem compras online no mundo.
Durante a live, o apresentador pode exibir produtos e serviços com informações sobre a oferta, preço e condições de pagamento, integradas a um botão de “comprar”, de onde os consumidores são direcionados para o carrinho conectado à loja virtual das marcas.
De acordo com estudo feito pela Research and Markets, as estimativas para 2027 são de que sejam movimentados US$ 600 bilhões por esse modelo de vendas, consolidando o modelo.