Thyssenkrupp cortará 3 mil empregos diante de dificuldades em unidade siderúrgica
O conglomerado alemão Thyssenkrupp cortará 3 mil empregos e investirá 4,2 bilhões de euros em sua unidade siderúrgica até 2026, como parte de um acordo salarial firmado com o sindicato IG Metall, disse a empresa nesta quarta-feira.
As medidas, que seguem um acordo histórico para vender a divisão de elevadores do grupo, visam tornar a unidade de produção de aço da Thyssenkrupp mais uma vez competitiva contra rivais como ArcelorMittal e Voestalpine.
A divisão de aço, a segunda maior da Europa em vendas, está se recuperando de uma demanda enfraquecida, das importações chinesas baratas e de uma tentativa frustrada de fundi-la com a divisão europeia da Tata Steel, transação barrada por Bruxelas por questões antitruste.
“Adiamos os problemas por muito tempo e evitamos decisões difíceis”, disse Klaus Keysberg, membro da diretoria da Thyssenkrupp no comando da divisão de aço. “Os acordos nos dão espaço de manobra para que o aço possa permanecer competitivo a longo prazo.”
Os empregos serão cortados de maneira socialmente responsável, sem demissões forçadas até 31 de março de 2026, disse a Thyssenkrupp, cujo amplo negócio de engenharia varia de fabricação de submarinos a peças de carros.
A divisão siderúrgica receberá investimentos anuais de cerca de 570 milhões de euros, com 800 milhões adicionais divididos entre os próximos seis anos.
O acordo também possui um pacote imediato contra a crise do coronavírus, que inclui redução na carga de trabalho, que será implementada nas próximas semanas, informou a empresa.
A Thyssenkrupp disse que fará ajustes na produção em seus negócios de aço como resultado da pandemia.