Comprar ou vender?

The Money Office: Está chovendo dinheiro na Bolsa e este gráfico comprova isso

17 fev 2022, 16:23 - atualizado em 17 fev 2022, 16:25
Fluxo cambial
Investimento estrangeiro em 2022 está se aproximando dos altos níveis do início de 2021 (Imagem: REUTERS)

Após uma profunda saída do posicionamento estrangeiro na B3 (B3SA3) em 2020, retomada em 2021, e um novo período de instabilidade no segundo semestre do ano passado, os gringos estão de volta.

As preocupações dos investidores e gestores estrangeiros parecem ter se disspado com a constatação de que as ações já caíram o suficiente para superarem as incertezas do Brasil em 2022.

“Embora o país não esteja livre de problemas, a desvalorização substancial da avaliação compensa o aumento da incerteza e pode apresentar uma forte oportunidade de compra em 2022 e além”, ressaltam o diretor de portfólio Charles Wilson e o gerente de portfólio para clientes Adam Sparkman da gestora de mercados emergentes Thornburg.

“O investidor estrangeiro não está entusiasmado com Brasil, mas vislumbra oportunidades aqui e acolá”, disse Gustavo Loyola, que é sócio-diretor da Tendências Consultoria. “Esses investidores não podem ficar fora do país”, comentou em entrevista à Bloomberg.

Em um relatório do JPMorgan enviado a clientes obtido pelo Money Times, o banco destaca que as entradas financeiras mostraram uma retração acentuada na semana passada, enquanto as saídas caíram ligeiramente.

Fluxo de investimentos estrangeiros para a B3 (média móvel de 16 semanas, em milhões de US$)

Ainda assim, a tendência de curto prazo continuou mais forte para as entradas, levando os fluxos acumulados ainda mais para cima em território positivo.

“O investimento de estrangeiros na Bovespa continuou forte, aumentando US$ 1,5 bilhão na semana passada, e aproximando o investimento acumulado dos altos níveis do início de 2021”, explica o economista para mercados emergentes Cristiano Souza.

Gustavo Kahil é fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.