Tezos: o que a votação a favor da Carthage 2.0 implica à comunidade cripto?
A grande maioria dos detentores de tezos (XTZ) votaram a favor da implementação da Carthage 2.0.
A proposta de atualização foi um trabalho em conjunto entre Nomadic Labs e Cryptium Labs, grupos de pesquisa sobre cripto, para acrescentar otimizações ao código e consertar alguns “probleminhas”.
Mais especificamente, a atualização vai aumentar o limite de gás para cada bloco e operação em 30%, permitindo que desenvolvedores executem aplicações mais complexas.
Carthage também almeja melhorar a precisão e a segurança de cálculos de recompensas bancárias (principalmente em relação às recompensas de validação).
Em relação à segurança, o design mais robusto poderia impedir “minerações egoístas”, como ataques de “bakers” (validadores da Tezos) não cooperativos — que poderia ser um vetor de ataque à Tezos de acordo com um pesquisador de Harvard.
A participação dos votantes é uma métrica essencial para sistemas de governança “on-chain” (no blockchain).
Baixas taxas de participação em sistemas de votação ponderados por moedas (firmemente ou vagamente acoplado) podem deslegitimizar o voto ou torná-lo passível de manipulação por um detentor de token com “grandes bolsos”.
Embora as taxas de participação sobre grandes atualizações na Tezos ainda serem altas, essa última votação teve um declínio significativo na participação em comparação a outros períodos de votação.
Uma das causas dessa queda na taxa de participação pode ser o aumento do número de fornecedoras de staking-as-a-service, principalmente entre corretoras.
Esse tipo de serviço permite que usuários façam o stake e obtenham lucro sobre seus ativos sem terem que participar ou contribuir diretamente na rede.
Além disso, corretoras como a Coinbase e a Binance não participaram na votação da Carthage, o que sugere que esses serviços não oferecem a opção de voto a seus usuários.
Por conta da praticidade fornecida por corretoras, taxas de participação em sistemas de governança “on-chain” podem continuar a cair a menos que uma corretora desenvolva uma solução viável de votação.