Tesouro Selic atrai investidores para renda fixa ‘segura’, após fuga de debêntures em 2023

O investidor pessoa física passou a ter mais consciência de que a renda fixa não é tão fixa como o nome sugere.

A imposição da marcação a mercado nas leituras dos investimentos, com a crise das debêntures de Americanas (AMER3) e Light (LIGT3), reforçaram a procura por títulos públicos pós-fixados, o Tesouro Selic.

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Segundo o Tesouro Direto, o grupo de títulos públicos mais procurado pelos investidores em janeiro foi o indexado à taxa Selic, cuja participação de vendas atingiu 64,1%. No primeiro mês do ano, o Tesouro Selic somou vendas de quase R$ 2,8 bilhões.

Em geral, as vendas de títulos públicos no Tesouro Direto totalizaram R$ 4,368 bilhões em janeiro, com resgastes na ordem de R$ 4,816 bilhões. Nesse sentido, foram R$ 2,581 bilhões relativos a vencimentos e R$ 2,234 bilhões em recompras pelo Tesouro Nacional.

O número de investidores ativos que emprestam o seu dinheiro para o governo brasileiro e recebem de volta com juros chegou a 2,096 milhões em janeiro, um crescimento de 14,7% nos últimos 12 meses.

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Tesouro Selic contra debêntures

As debêntures incentivadas são títulos de renda fixa em que o investidor empresta o seu dinheiro diretamente para empresas envolvidas em projetos de infraestrutura.

Mesmo com isenção de imposto de renda sobre os ganhos e spread de juros bem maior sobre o Tesouro IPCA+ neste início do ano, os investidores estão negociando menos debêntures incentivadas, segundo estudo feito pela empresa provedora de dados de mercado da Luz Soluções Financeiras.

Após grandes companhias com vários títulos de dívida privada, como Americanas e Light, mostrarem dificuldades financeiras, o investidor prefere buscar mais segurança e retorno aos seus investimentos com títulos indexados à Selic e ao CDI, com baixo risco de crédito.

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Outro ponto que corrobora para a procura por títulos de renda fixa, como o Tesouro Selic, são as perspectivas de que a taxa básica de juros a 13,75% ao ano ainda tem pouco espaço para cair nos próximos meses.

Confira o balanço do Tesouro Direto: