Finanças Pessoais

Tesouro RendA+ é mais vantajoso que previdência PGBL na hora da tributação?

12 jan 2023, 13:40 - atualizado em 12 jan 2023, 13:40
Tesouro RendA+
Entenda o comparativo entre o Tesouro RendA+ e a previdência privada PGBL no caso da tributação. (Imagem: Divulgação)

Tesouro RendA+ é o novo título público a ser lançado pelo Tesouro Direto no dia 30 de janeiro de 2023, um produto de renda fixa especialmente pensado para o acúmulo de uma aposentadoria complementar. O novo título promete ser mais acessível ao investidor pessoa física.

Mas será que do ponto de vista de tributação, o novo título de aposentadoria do Tesouro Direto se sai melhor que a modalidade de previdência privada PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)?

Colocando na ponta do lápis, o Tesouro RendA+ acompanha as regras da tabela regressiva do imposto de renda (IR), como qualquer outra aplicação de renda fixa.

Isso quer dizer que, mantendo o dinheiro aplicado no Tesouro RendA+ por mais de dois anos, o investidor passa a pagar a menor alíquota possível de imposto, no caso de 15%.

Por outro lado, quem busca receber uma aposentadoria adicional com o modelo privado PGBL conta com um benefício fiscal, que é bastante interessante ao contribuinte que realiza a declaração completa do IR todo o ano, e que acaba se tornando um benefício duplo na comparação com o Tesouro RendA+.

Quem aplica em PGBL conta com uma dedução de até 12% base tributável na declaração anual, e, na opção pela tabela regressiva, o imposto cai a 10% após dez anos.

Em outras palavras, isso quer dizer que quem tem planos de ter uma aposentadoria adicional com o PGBL daqui há mais de 10 anos terá uma alíquota de cobrança de IR inferior ao do Tesouro RendA+, além da dedução de tributos anual no acerto de contas com o leão da Receita Federal.

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Como funciona o Tesouro RendA+

O investidor escolhe uma data de “aposentadoria” e garante um salário complementar por 20 anos (240 parcelas).

O salário recebido por 20 anos no Tesouro RendA+ é mensalmente corrigido pela inflação, garantindo assim o poder de compra do poupador.

Como de costume, o investimento é bastante acessível ao investidor pessoa física. É possível começar a investir no Tesouro Direto a partir de R$ 30 (uma fração do valor título público).

Prazos de resgate

O investidor escolherá uma entre oito datas disponíveis para começar a receber sua renda extra: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.

Até a data escolhida, quem investe poderá acumular mais do título escolhido, podendo fazer o agendamento de compras mensais. A todo momento, o poupador saberá o poder de compra real que ele já garantiu para a sua renda extra.

Caso o investidor morra antes do vencimento do título de aposentadoria no Tesouro Direto, o investimento entra no espólio e vai para os herdeiros, que poderão vender os títulos.