Tesouro Direto: veja qual é o título favorito da XP Investimentos para 2020
É verdade que o mercado de ações promete um bom retorno para os investidores no ano que vem, mas nem todos estão dispostos a assumir os riscos inerentes à renda variável. Por isso, o Tesouro Direto conquista cada vez mais adeptos entre os que preferem a renda fixa, mas querem fugir da poupança e de seus juros minguados.
Para a XP Investimentos, o melhor título para quem deseja ganhar com o Tesouro Direto em 2020 é o Tesouro Prefixado 2022, também chamado de LTN 2022 (Letras do Tesouro Nacional).
Segundo a gestora, “a alocação nesse título tem como base nossa visão de que cortes maiores na taxa Selic não estão precificados na curva.”
Traduzindo: o retorno previsto pelo papel, representada pela curva DI Futuro, é de 7% ao ano, enquanto a média dos investidores, representada pelo boletim Focus do Banco Central, espera uma Selic de 6,5% ao ano em 2022.
Ou seja, o governo está prometendo pagar 0,5 ponto percentual de juros a mais sobre a taxa que o mercado projeto para aquele ano. E, num cenário de juros baixos, qualquer ganho adicional conta.
Sem surpresa
É por isso, ainda, que a preferência da XP Investimentos é por um papel prefixado.
Como o ganho já é combinado com antecedência, chova ou faça sol, o governo terá de arcar com o prometido no vencimento da aplicação – mesmo que os juros de mercado estejam menores e a União tome um “prejuízo”.
A XP Investimentos alerta, contudo, para alguns cuidados com o investimento. O primeiro é que esse papel não paga juros semestrais. Todo o ganho será obtido apenas no vencimento do papel. Assim, ele só é indicado para quem pode deixar o dinheiro parado por três anos (2020, 2021 e 2022).
Além disso, assim como uma ação, a LTN tem um “preço” que varia, conforme o mercado. No caso do Tesouro Prefixado 2022, esse valor aumentou 11% entre fevereiro e 13 de dezembro, passando de R$ 807 por título para R$ 900. A alta foi puxada pela queda de juros recente.
Por isso, a XP lembra que “é importante ter em mente que a variação de 11% em um ano foi resultado de queda na taxa do título nos últimos meses, o que pode não ocorrer no futuro.”