Finanças Pessoais

Tesouro Direto: Títulos prefixados lideram ganhos — e cenário deve ficar ainda mais favorável até 2026

16 nov 2025, 10:08 - atualizado em 16 nov 2025, 10:08
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(Imagem gerada pelo Copilot/ChatGPT)

Os títulos prefixados do Tesouro Direto voltaram a se destacar em outubro — e o movimento tem explicação. Com o mercado cada vez mais convicto de que a taxa Selic continuará caindo nos próximos meses, os papéis que oferecem uma taxa fixa definida na compra ganham atratividade e acabam sendo os primeiros a se valorizar.

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Isso acontece porque muitos desses títulos foram emitidos em momentos de juros altos — chegando a oferecer retornos de até 15,25% ao ano. Com a perspectiva de cortes na Selic, esse rendimento contratado no passado passa a valer mais, o que impulsiona o preço dos títulos. A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) avalia que essa tendência tende a se intensificar rumo a 2026.

Em outubro, os prefixados foram os campeões de rentabilidade dentro da renda fixa, de acordo com os índices acompanhados pela entidade.

O IRF-M 1+, que reúne papéis com vencimento acima de um ano, valorizou 1,41%, enquanto o IRF-M 1 — focado em prazos mais curtos — subiu 1,29% no mês.

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Por que os prefixados sobem quando os juros caem?

Ao comprar um título prefixado, o investidor garante uma taxa futura. Quando o mercado passa a projetar juros menores, esse valor previamente contratado se torna mais atraente do que novas aplicações disponíveis a taxas mais baixas. Resultado: os preços dos títulos se ajustam para cima, mesmo antes de o BC anunciar cortes.

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Esse comportamento é diferente do Tesouro IPCA+, que combina inflação futura (IPCA) com uma taxa extra. Como parte desse retorno depende do comportamento dos preços no longo prazo, esses papéis reagem de forma menos imediata às mudanças nas expectativas de juros.

Indexados à inflação também sobem, mas com menor força

Mesmo sem a mesma intensidade, os títulos atrelados ao IPCA também registraram ganhos em outubro. O IMA-B 5+ — que acompanha os papéis com mais de cinco anos — avançou 1,06%. Já o IMA-B 5, que mede os vencimentos mais curtos, teve alta de 1,03%.

Os pós-fixados também performaram bem. O IMA-S, índice que espelha as LFTs (Tesouro Selic), subiu 1,29% com a Selic ainda em dois dígitos.

No agregado, o IMA — que consolida todos os títulos públicos — fechou o mês com retorno de 1,23%.

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Renda fixa privada: quem foi destaque em outubro

No mercado corporativo, as dívidas atreladas ao CDI puxaram os ganhos. O IDA-DI avançou 1,08% no mês, favorecido pela remuneração diária baseada em juros de 15% ao ano.

As debêntures tradicionais indexadas ao IPCA também tiveram desempenho positivo: o IDA-IPCA Ex-Infraestrutura subiu 0,73%.

Já os papéis incentivados — que haviam se destacado no mês anterior — recuaram. O IDA-IPCA Infraestrutura caiu 0,59%, o que acabou pesando sobre o desempenho geral das debêntures. Ainda assim, o IDA-Geral (que reúne todos os papéis) fechou o período em leve alta de 0,32%.

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seudinheiro@moneytimes.com.br
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