Títulos Públicos

Tesouro Direto: Título público rejeitado por analistas acaba como favorito dos investidores

23 maio 2023, 16:28 - atualizado em 23 maio 2023, 16:28
Tesouro Direto
Tesouro Direto tem títulos públicos com excelente risco-retorno em 2023, mas investidor prefere papel que está com os dias contados (Imagem: Freepik)

Não é de hoje que os analistas de renda fixa têm lá os seus títulos públicos prediletos no Tesouro Direto, que contam com excelente relação risco-retorno em 2023.

Por outro lado, o investidor pessoa física parece se agarrar ao título público que oferece rentabilidade de 1% ao mês, embora esse ganho esteja com os dias contados.

Segundo dados divulgados pelo Tesouro Direto nesta terça-feira (23), os títulos públicos mais procurados pelos investidores em abril foram o Tesouro Selic.

O Tesouro Selic remunera diariamente a taxa básica de juros vigente e teve procura de 61% dos investidores.

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Tesouro Direto em 2023

Ainda que menos populares, os títulos públicos prefixados e os indexados à inflação (IPCA+) são os que detêm maior potencial de valorização na marcação a mercado.

Conforme o Tesouro Direto, cerca de 25,8% dos investidores tiveram interesse pelos títulos IPCA+, enquanto apenas 13,3% dos poupadores buscaram prefixados no mês passado.

Assim, o estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 113,3 bilhões no fim de abril, com aumento de 2,6% na comparação com o mês anterior (R$ 110,5 bilhões) e de 27,3% em relação a abril do ano passado (R$ 89 bilhões).

Já as vendas de títulos públicos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 1,792 bilhão em abril deste ano.

Preferências na renda fixa

Quanto ao número de investidores, 297.881 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número de investidores atingiu 24.022.028, alta de 30,6% nos últimos 12 meses.

A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil.

Assim, essas vendas corresponderam a 81,2% do total de 532.735 operações ocorridas em abril.

Os investidores têm preferido papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de um a cinco anos representaram 36,9%. Aquelas com prazo de cinco a dez anos, 45,1% do total. Os papéis com mais de 10 anos de prazo chegaram a 18,1% das vendas.