Perspectivas 2023

Tesouro Direto: Selic ou inflação? Veja qual o melhor papel para 2023

05 jan 2023, 12:00 - atualizado em 30 dez 2022, 16:58
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Tesouro Direto: Para quem mira o curto prazo, títulos indexados à Selic são melhores, diz especialista (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

O ano de 2023 traz boas perspectivas para os investimentos em renda fixa no Brasil, diz o especialista do Itaú Unibanco, Martin Iglesias. Isso porque surgirão possibilidades de juros reais em praticamente todos os tipos de ativos, passando pelos indexados à Selic a pré-fixados e inflação de curto e longo prazo.

Para investidores que miram o retorno no curto prazo, Iglesias afirma que o Tesouro Direto indexado à Selic surge como uma opção mais adequada. Hoje, a Selic está em 13,75% e o IPCA pouco abaixo de 6%, o que se traduz em ganhos acima da inflação, na casa de 6% depois de Imposto de Renda, caso não haja grandes variações.

O especialista alerta que pode ser que a Selic caia ao longo do ano, mas afirma que esse investimento ainda é o mais positivo para quem busca retorno logo em 2023.

Já para investidores com reserva de emergência ou de liquidez já constituída, os títulos de IPCA mais longos podem ser uma boa alternativa, visando retornos no longo prazo.

Vantagens e desvantagens dos títulos Selic

O Tesouro Direto Selic tem uma “característica mais conservadora, praticamente sem volatilidade e com juros reais positivos”, destaca Iglesias, do Itaú.

As projeções do mercado indicam uma Selic ao final de 2023 na média de 13%, com inflação projetada de 5,70%, o que resultaria em juros reais também acima de 6%.

Apesar disso, a taxa provavelmente não será mantida nesses patamares por tanto tempo. Com isso, pode acontecer de os títulos indexados à Selic perderem na comparação com os juros reais dos títulos atrelados à inflação.

Tesouro Direto: O que esperar dos títulos IPCA

Segundo o especialista do banco, em 2023, os títulos IPCA podem gerar rentabilidades com juros reais acima de 6% para horizontes mais longos de 10 ou 15 anos, por exemplo, “o que é algo muito bom”.

No entanto, ele afirma que é importante considerar que títulos indexados à inflação estão sujeitos a riscos de cenário macroeconômico e pode haver muita oscilação no dia a dia.

Além disso, esses títulos são mais sensíveis à situação fiscal do país, “o que pode provocar bastante volatilidade no curto prazo”.

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