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Tesouro Direto: Santander prefere títulos públicos indexados à inflação

06 out 2017, 15:00 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

Com a continuidade da queda na Selic, eventualmente até abaixo de 7% ao ano, o estrategista do Santander Ricardo Peretti segue recomendando a compra do título público Tesouro IPCA+, com juros semestrais, e vencimento em 15 de agosto de 2026. Esta aplicação proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais, baseada em uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

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“Se os esforços do Banco Central e do governo se traduzirem em um ambiente inflacionário menos instável e políticas públicas mais racionais, julgamos que o prêmio de risco embutido nos títulos nacionais continuará caindo, beneficiando o desempenho dos títulos indexados à inflação”, diz Peretti em relatório.

Na visão dele, o mês de setembro trouxe sinais animadores sobre a economia brasileira, com inflação em declínio e melhores expectativas para o crescimento da economia. Outro desataque veio da geração de 35,5 mil vagas formais de trabalho em agosto – o melhor resultado para o mês desde 2014. De quebra, o cenário externo segue benigno para economias emergentes.

“Com todo esse ambiente favorável, o CDS brasileiro, que mede a percepção de risco do país, se manteve estável em setembro, enquanto a curva de juros longa do país (10 anos) recuou outros 15 bps, o que favorece o desempenho dos títulos públicos nacionais”, acrescenta o estrategista.

Nesta sexta-feira (6), o IBGE divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de setembro com variação de 0,16%, abaixo dos 0,19% de agosto, no teto das estimativas dos analistas. No acumulado do ano, o índice acumula variação de 1,78%, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período de 2016. Esta é a menor taxa acumulada setembro desde 1998, quando registrou-se 1,42%.