Tesouro Direto: O que comprar para o final do ano?
A equipe de análise do Santander preparou uma mudança em sua indicação mensal de alocação para o Tesouro Direto para um período considerado mais calmo, passada a euforia de outubro por conta do processo eleitoral, e um novembro marcado por ajuste nos preços dos ativos domésticos, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (3) e assinado pelo estrategista Ricardo Peretti.
“Como destaque, pudemos observar uma forte depreciação cambial, que acabou levando o dólar a se valorizar 3,8% frente ao real, atingindo a cotação de R$ 3,86 ao fim de novembro. Na mesma direção, o CDS Brasil, contrato que mede o risco de calote de um país, chegou a apresentar alta de 21 bps durante o mês, mas fechou cotado a 210 bps, próximo da estabilidade”, lembra Peretti.
Na contramão, o Ibovespa continuou sua trajetória de alta e terminou o mês na faixa de 90.000 pontos. “Em nossa opinião, enxergamos esse movimento de ajustes dos preços dos ativos, principalmente dólar e CDS, como natural, uma vez que o principal catalisador do ano era a própria corrida presidencial”, analisa.
Onde investir?
“Para o mês de dezembro, avaliamos que a diminuição da incerteza em relação ao processo eleitoral, bem como a recepção positiva dos investidores ao resultado obtido, nos permite ficarmos mais otimistas quanto a precificação dos títulos públicos nacionais, elevando ligeiramente o risco da nossa recomendação”, ressalta o banco.
Ainda assim, Peretti diz preferir exposição ao Tesouro Direto por meio dos títulos indexados à inflação, que se mostram a alternativa mais adequada para o momento de consolidação dos preços. “O período de inflação atipicamente baixa pode ter ficado para trás) e riscos inerentes a não aprovação das reformas fiscais em tramitação
no Congresso Nacional”, conclui.