Tesouro Direto: taxas de títulos de inflação caem, mas preços das cotas sobem antes do Copom

As taxas dos títulos de inflação, conhecidos como Tesouro IPCA+, operam em leve queda na tarde desta quarta-feira (16), à medida que o mercado tenta antecipar o tamanho da elevação da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), como estratégia para conter a inflação.

Já os preços dos títulos público atrelados à inflação eram negociados no Tesouro Direto com valores superiores ao fechamento da véspera.

Por volta das 13h45, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2026 era vendido a R$ 30,26, com rendimento de 5,62% ao ano acima da inflação, enquanto que na véspera o mesmo título era cotado a R$ 30,16 e rendia 5,69% ao ano.

Josian Teixeira, gestor de portfólio da Lifetime Asset Management, explica que os títulos de inflação estão mais sensíveis às sinalizações que o Copom possa dar na decisão de hoje sobre a taxa Selic.

“O Banco Central Brasileiro manterá sua intenção de elevar a Selic em 100 pontos, nesta reunião. Contudo, dado os novos efeitos da guerra que são muito mais incertos, deve ter um discurso que sinalizará um alongamento do ciclo de ajuste monetário”, afirma.

A elevação a taxa básica dos juros torna a renda fixa mais atrativa ao investidor e é o instrumento dos bancos centrais para conter a inflação, apesar de no Brasil a Selic ter subido e ainda não enxergarmos o IPCA dando uma trégua.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos por volta das 13h45 desta quarta-feira (16):

Vale lembrar que as variações apresentadas correspondem a marcação a mercado, ou seja, a oscilação só atinge os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do prazo “combinado” com o Tesouro Direto.

Se o investidor segurar o título até o seu vencimento, o retorno acordado na hora da compra está garantido.