Tesouro Direto hoje: Taxas voláteis com contragolpe de Lula ao BC; qual título comprar?

As taxas de rentabilidade dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto operam bastante voláteis nesta sexta-feira (10), com investidores digerindo o contragolpe do governo Lula ao Banco Central, que pode acabar subindo a meta de inflação de 3,25% para 3,50% em 2023.

Por volta das 11h30 (horário de Brasília), o Tesouro Prefixado 2029 rendia juros de 13,48% ao ano, com cada aporte mínimo a R$ 33,37.

Mais cedo por volta das 9h30, o mesmo título público pagava juros maiores de 13,62% ao ano, taxa de prêmio ao investidor bem próxima ao recorde que era oferecido em dezembro do ano passado, quando era votada a PEC da Transição.

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Na marcação a mercado, o Tesouro Prefixado 2029 registra valorização de 0,78% em seu preço, com o valor subindo de R$ 33,13 para R$ 33,37 no intraday  e gerando lucro para quem precise ou queira vender o título público antes do vencimento.

Em qual título público no Tesouro Direto investir agora?

Afinal, por que acompanhar a meta de inflação do Brasil é tão importante para quem investe no Tesouro Direto? Entender as trocas de farpas em Brasília pode colocar o investidor em posição de aproveitar as melhores oportunidades na renda fixa.

Essa queda de braço entre o governo Lula e o BC pode mexer sensivelmente nas taxas e preços dos títulos públicos na marcação a mercado, fazendo que certos indexadores e prazos de vencimentos sejam mais vantajosos.

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Para Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, não é de agora que membros do governo tentam acelerar o processo de fritura do presidente do BC Roberto Campos Neto, o que tem elevado o grau de volatilidade no mercado brasileiro.

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“E para intensificar a situação, surgiu uma notícia de que Campos Neto seria a favor de alterar a meta desse ano de 3,25% para 3,50% para pacificar as relações com o governo e impedir que a meta seja elevada ainda mais”, comenta Sousa.

Caso a medida se confirme, o BC corre risco de perder sua credibilidade perante o mercado, alterando as regras com o “jogo rolando”, nas palavras do economista. No entanto, existe um título público no Tesouro Direto que protege o investidor em caso de a inflação voltar a desandar no Brasil.

O Santander recomenda a compra do Tesouro IPCA+ 2035 (que supera seus pares com vencimentos em 2029 e 2045), por ter um prazo de resgate intermediário e uma taxa de juros real em torno de 6,5% ao ano.

Mesmo se as metas de inflação ficarem dentro do esperado pelo mercado e a taxa Selic começar a cair antes do previsto, o Tesouro IPCA+ 2035 pode gerar ganhos ao investidor com valorização na marcação a mercado, no caso de venda antes da data de vencimento.

Confira as taxas do Tesouro Direto hoje (09/02/2023)

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos de renda fixa disponíveis para compra e venda no Tesouro Direto que eram oferecidos por volta das 11h30 nesta sexta-feira (10):