Tesouro Direto: taxas de títulos públicos de renda fixa voltam a subir no pós-Copom
As taxas dos títulos públicos de renda fixa operavam em alta na marcação a mercado nesta quinta-feira (17). Os papéis negociados no Tesouro Direto reagem à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que na véspera elevou a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano.
Por volta do meio-dia, o título prefixado com vencimento em 2025 era vendido a R$ 36,07, com rendimento de 12,43% ao ano, ou seja, com um prêmio acima da atual Selic.
No último fechamento, o mesmo título rendia ao investidor 12,4% ao ano.
“Os prefixados passam a ser uma opção interessante nos casos em que o investidor decida segurar os títulos por mais tempo, visando o médio e longo prazo. Portanto, após a taxa Selic atingir seu auge, que o mercado está projetando para 13%, a perspectiva é iniciar uma redução gradual no ciclo de aperto monetário”, explica Rob Correa, analista de investimentos CNPI.
Já os títulos atrelados à inflação, conhecidos como Tesouro IPCA+, voltaram a encostar nos juros reais anuais de 5,7% (vencimento em 2026) e de 6% (vencimento em 2055).
Toda vez que mercado está em risco, as taxas dos títulos de rena fixa sobem.
“Quando a expectativa de inflação sobe, o título IPCA+ sobe por inflação projetada no futuro”, afirma Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investimentos.
O Brasil se consolida em 2º lugar do ranking de países com os maiores juros reais do mundo, apenas atrás da Rússia.
Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos por volta do meio-dia desta quinta-feira (17):
Marcação a mercado no Tesouro Direto
Vale lembrar que as variações apresentadas correspondem a marcação a mercado, ou seja, a oscilação só atinge os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do prazo “combinado” com o Tesouro Direto.
Se o investidor segurar o título até o seu vencimento, o retorno acordado na hora da compra está garantido.