Tesouro Direto hoje: Mercado reage à desinflação, mas taxas seguem em alta nesta terça-feira (10)

IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, apresentou um queda de 0,02% em agosto. (Imagem: iStock.com/RafaPress)

As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam alta nesta terça-feira (10), em comparação ao fechamento de ontem, após divulgação do IPCA. A inflação apresentou uma queda em agosto.

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Na primeira atualização do dia, que só aconteceu às 10h27, os rendimentos dos títulos prefixados 2027, 2031 e o com juros semestrais 2035 estavam em alta a 11,72%, 11,88% e 11,78%, contra os 11,68%, 11,85% e 11,75% anteriores, respectivamente.

As taxas dos títulos do Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2029, 2035 e 2045 rendiam respectivos 6,24%, 6,14% e 6,22%. Na comparação com o último fechamento, os títulos operavam em alta, já que finalizaram em 6,21%, 6,11% e 6,18%.

Apesar disso, logo após a divulgação dos dados e abertura dos mercados, as taxas DIs futuras abriram com viés de queda em toda a curva, com os investidores digerindo o IPCA.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, apresentou um queda de 0,02% em agosto — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,38% apurada em julho. Trata-se da primeira deflação registrada desde junho de 2023.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10), o IPCA avança 2,85% nos oito primeiros meses do ano — frente 2,87% no mês anterior.

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O indicador também desacelerou a alta acumulada em 12 meses até agosto para 4,24%, de 4,50% em julho.

A repercussão no mercado, no entanto, é mista. Enquanto uns avaliam como uma surpresa positiva que pode fazer o Banco Central repensar a alta nos juros, outros entendem como uma queda fraca para que haja uma reação imediata do Banco Central.

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“Apesar de acreditamos que não faz sentido subir juros nesse contexto, a desancoragem das expectativas inflacionárias nos últimos meses terá maior peso sobre o processo decisório do Copom. Mas com uma inflação bem-comportada, além do esperado alívio externo à medida que o Fed cortar juros, antecipamos que o ciclo de alta será curto, tanto em quantidade de altas, quanto na magnitude dessas altas”, diz André Valério, economista sênior do Inter.

Já Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos avalia que o números apresentados foram muito bons e acredita ser “bem estranho o Copom subir juros com essa melhora no IPCA”.

Enquanto isso, os Treasuries norte-americanos caiam com o debate eleitoral no radar dos mercados. Os papéis de 5, 10 e 30 avançavam a 3,47%, 3,68% e 3,99%, respectivamente.

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Confira a taxa dos títulos do Tesouro Direto hoje

*Com Giovana Leal