Tesouro Direto foca na aposentadoria ao lançar novo título público; veja como funciona

O Tesouro Direto aproximará o investidor de um título público exclusivamente pensado para na aposentadoria, após o ativo de renda fixa aparecer pela primeira vez em decreto publicado pela Presidência da República nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial da União.

Embora ainda não tenha um apelido como os demais títulos públicos no Tesouro Direto — como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado —, o novo título (NTN-B1) também terá seu retorno corrigido pela variação da inflação oficial brasileira.

O título público voltado à aposentadoria terá o funcionamento bastante semelhante ao do Tesouro IPCA+, que paga juros reais acima do IPCA ao longo do tempo.

Tesouro Direto acima da inflação

Os títulos indexados à inflação, conhecidos como Tesouro IPCA+, passaram a ocupar posição de destaque nas recomendações de analistas de renda fixa, desbancando até a preferência por títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic, que seguem atrativos com a taxa Selic a 13,75% ao ano.

No Tesouro Direto, existem duas modalidades de papéis atrelados ao IPCA. O primeiro tipo protege o poder de compra do investidor com o efeito dos juros compostos. Já o segundo tipo tem pagamento de juros semestrais e é indicado para quem já tem patrimônio acumulado para viver de renda.

No entanto, o resgate do principal do NTN-B1 ocorrerá em parcelas mensais e consecutivas, a partir da data do primeiro resgate. Esta, por sua vez, será definida pelo ministério da Economia, quando da emissão de cada título, assim como o prazo total de cada papel.

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Na prática, os investidores ainda deverão aguardar a emissão do título específico para a aposentadoria, cuja negociação também será possível pelo Tesouro Direto.