Opinião

Tesouro Direto ou fundo DI? Em busca das menores taxas

11 jan 2019, 15:45 - atualizado em 27 set 2019, 13:42

Por José Castro e Mateus Fontanini, da Inversa Publicações, autor da newsletter Warm Up

Caro leitor,

No fim do ano passado, o Tesouro Nacional anunciou um corte na taxa de custódia dos títulos do Tesouro Direto que pode levar a um rendimento adicional de R$ 26 bilhões para os investidores desses títulos públicos. Mas o que isso significa para você que investe em fundos DI de baixa taxa de administração?

Lembre-se que esse tipo de investimento é essencial para formar seu colchão de emergência e por isso é importante que tenha a melhor taxa para garantir mais retorno no cenário de baixo risco.

Por isso, nós fizemos um estudo sobe os impactos do corte na taxa de custódia – de 0,30% para 0,25% ao ano – para avaliarmos em que cenário investir diretamente no Tesouro Direto poderia ser mais vantajoso do que aplicar em fundos com baixa taxa de administração que já indicamos em edições passadas.

Se você acompanha a Inversa Publicações há algum tempo, talvez se lembre que indicamos dois fundos DI para reserva de emergência: um do BTG Pactual ou da XP Investimentos, em substituição ao primeiro, caso você não possua conta no BTG Pactual Digital. CLIQUE AQUI PARA TER ACESSO AO NOME DOS DOIS FUNDOS

Se você possui aplicação no fundo do BTG Pactual, com taxa de administração de 0,09% ao ano, nada mudou. O rendimento continua melhor em relação a comprar diretamente o título no Tesouro Direto, em qualquer prazo de investimento.

Neste investimento, o famoso come-cotas, que antecipa o Imposto de Renda semestralmente, só deixaria o fundo em desvantagem depois de um prazo de 6 anos e meio. Mas o fundo é referenciado pela Selic e atualmente não existe título público pós fixado com vencimento superior a 5 anos. Ou seja, o fundo do BTG sempre terá vantagem quando comparado à compra direta no Tesouro Nacional.

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Aliás, vale destacar que considerando que não existe atualmente nenhum título pós fixado com prazo superior a 5 anos, qualquer fundo DI que possua taxas inferiores a 0,10% será melhor do que o Tesouro Selic (LFT).

Já o fundo da XP Investimentos que indicamos para substituir o do BTG possui taxa de administração de 0,20% ao ano.

Para você que possui esse investimento, o prazo para que tenha vantagem sobre o Tesouro Selic (LFT) cai para em torno de 2 anos. Ou seja, se for um dinheiro para ser utilizado no curto prazo – inferior a dois anos – o fundo da XP continua sendo mais vantajoso do que comprar o título no Tesouro Direto.

Conclusão:

Se for utilizar esse investimento realmente como uma reserva de emergência, com prazo inferior a 2 anos, indicamos a aplicação em qualquer um dos fundos.

No entanto, se o prazo para deixar o dinheiro investido for superior a esse período mencionado, o melhor cenário é abrir uma conta junto ao banco BTG Pactual Digital e aplicar no fundo ou, se preferir, comprar o título público Tesouro Selic (LFT) através do Tesouro Direto, lembrando que o agente de custódia (corretora intermediadora) deve isentar qualquer tipo de taxa.

Um abraço,

José Castro e Mateus Fontanini