Banco Central

Tesouro Direto: De olho no Copom, banco indica atrelado à inflação

04 set 2017, 13:53 - atualizado em 05 nov 2017, 13:57

A partir da indicação do Banco Central de que prosseguirá reduzindo a taxa básica de juro, o estrategista do Santander Ricardo Peretti recomenda a compra do título público Tesouro IPCA+, com juros semestrais, e vencimento em 15 de agosto de 2026. Esta aplicação proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais, baseada em uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

Na visão dele, uma Selic abaixo de 7% ao ano tende a favorecer o desempenho de títulos públicos, especialmente aqueles indexados à inflação. Um declínio desta magnitude no juro básico, porém, depende também da aprovação de reformas estruturantes na economia brasileira.

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Nesta quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária do Banco Central atualiza o patamar da taxa Selic e a aposta majoritária dos analistas (inclusive de Peretti) é de um novo corte de 1 ponto percentual, o que levaria o juro básico para 8,25% ao ano. A equipe do Santander prevê que a Selic terminará 2017 situada em 7,50% ao ano.

O pano de fundo da análise de Peretti considera a recente valorização dos ativos brasileiros, com recuo no risco país, e a melhora nas expectativas para o crescimento do PIB neste ano. 

“Ademais, os recentes anúncios feitos pelo governo, como a intenção de privatizar empresas estatais e reaquecer os leilões de infraestrutura, voltou a acender a esperança que outros desdobramentos positivos estão por vir ao longo deste 2º semestre e de 2018”, escreve o analista em relatório publicado na sexta-feira (1).