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Tesouro Direto: como vacinar o seu dinheiro em 2021?

15 mar 2021, 11:01 - atualizado em 15 mar 2021, 11:01
Coronavírus
Como ganhar com o Tesouro Direto no cenário de pandemia global e recessão?(Imagem: Pexels/@cottonbro)

O mundo mudou e as tendências do mercado financeiro brasileiro também. A taxa Selic, que estacionou a 2% desde agosto do ano passado, poderá ir a 2,5% ainda nesta semana.

Já a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), está em aceleração. Os mais de 100 economistas consultados semanalmente pelo Banco Central aumentam há 10 semanas as suas estimativas. O patamar já está em 4,6% ao ano.

Como ganhar com o Tesouro Direto neste cenário? Para os especialistas, a melhor forma de se proteger destas variáveis que corroem o seu dinheiro não é tão difícil.

Dinheiro Poupança
Uma das principais dúvidas do mercado recai sobre uma maior clareza sobre a trajetória dos gastos públicos nacionais (Imagem: Pexels/@cottonbro)

O que fazer agora?

Para o time de analistas de renda fixa da Ágora Investimentos, o juro deverá manter uma tendência de alta até o final do ano, assim como a inflação.

A sugestão de alocação, ao menos para um horizonte de 30 dias, é de 85% em papéis indexados à inflação com vencimento em 2026.

“Assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 3,2%”, explicam Altair Maurílio Pereira, Caio Lombardi e André Sonnervig.

O restante poderá ser aplicado em Tesouro Selic, que segue a variação do juro. Este papel pode ser vendido a qualquer momento sem ter o risco de taxa de juros (duration).

Idosos na região central de Brasília.
De olho no Banco Central: analistas se anteveem ao aumento da Selic em 2021 (Imagem: Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Segundo o estrategista para pessoas físicas do Santander, Ricardo Peretti, uma das principais dúvidas recai sobre uma maior clareza sobre a trajetória dos gastos públicos nacionais.

Peretti entende que o melhor posicionamento está em títulos que se favoreçam de uma eventual redução da inclinação da estrutura a termo das taxas de juros e que, ao mesmo tempo, proteja o investidor do risco crescente da inflação.

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