Tesouro Direto: Como investir agora? Veja uma carteira para você
O mercado financeiro no Brasil passa por uma enorme reviravolta. Além dos problemas internos, tensões entre EUA–China, agora a Argentina vive uma grande instabilidade financeira. Como investir em um cenário como este?
“De fato, os riscos quanto à escalada da guerra comercial aumentaram e as incertezas no cenário político da Argentina, que tem sua eleição nos próximos meses, afetaram os ativos brasileiros nos últimos dias”, destaca o time de análise de renda fixa do Bradesco.
Com isso, os investidores buscam ativos mais seguros, que não encontram em emergentes, enquanto a guerra comercial reduz o crescimento econômico em todo o mundo. Isto força um movimento generalizado de corte de juros em vários países.
E é neste contexto que o Banco Central do Brasil cortou o juro (Selic) para 6%. O corte de 0,5 ponto percentual, e não 0,25 p.p., revelou uma preocupação maior com o cenário. A mudança também jogou para baixo as estimativas para a Selic ao final do ano: de 5,5% para 5%.
O que comprar?
O Bradesco aponta que, apesar da queda do juro real, ainda há oportunidade no título Tesouro IPCA. Desta forma, o banco indica um posicionamento – para os próximos 30 dias – de 90% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2024. Este é o mais curto disponível para compra.
A lógica é que assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo a 2,8%.
“Os outros 10% em Tesouro Selic, título indexado à variação da Selic, podendo ser vendido a qualquer momento sem ter o risco de taxas de juros”, afirma o Bradesco. Os analistas indicam manter o título até o vencimento. Se esta não for a estratégia, a indicação é a de um posicionamento em Tesouro Selic.