Renda Fixa

Tesouro Direto capta R$ 1 bilhão com aversão à risco; XP ainda vê IPCA+ atrativo

10 set 2024, 15:30 - atualizado em 10 set 2024, 15:30
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Os números indicam uma tendência de maiores aplicações do que retiradas nos títulos públicos (Imagem: Getty Images)

Tesouro Nacional divulgou nessa segunda-feira (09) os resultados apresentados pelo Tesouro Direto em julho. Os números indicam uma tendência de maiores aplicações do que retiradas nos títulos públicos, atingindo uma captação líquida de R$ 1 bilhão no mês.

Desse total, foram R$ 6,4 bilhões de aplicações de pessoas físicas, uma alta no comparativo anual de 80%. Já os resgates foram de R$ 3,5 bilhões.

Com isso, o título que mais apareceu nas carteiras dos investidores no sétimo mês deste ano foram os títulos atrelado à inflação que são IPCA+ com juros semestraisRenda+ e Educa+ –, com 47% das aquisições. Seguido dele, aparece o Tesouro Selic, com 38,9% das vendas no período, e o prefixado, com 13,1%.

Durante 2023 até fevereiro de 2024, a equipe da XP Investimentos avaliava que os investidores tinham um interesse por títulos de médio e longo prazo. No entanto, em julho deste ano, a equipe de renda fixa notou uma crescente na procura por títulos de 1 a 5 anos, sendo 47,9%.

“Entendemos que esse movimento possa ter sido intensificado com a reprecificação dos títulos locais após a mudança do cenário global, com maior aversão ao risco. Com os juros reais acima de 6,0% em todos os vencimentos, o investidor pode encontrar rentabilidade historicamente elevada sem a necessidade de alongar o prazo”, avaliam em relatório.

Além disso, os números do Tesouro Nacional mostram que houve um acréscimo de investidores em 336 mil novos participantes. Desses, os adultos entre 26 e 35 anos e 36 e 45 anos foram o destaque, sendo 57,5% do total juntos.

A equipe da XP vê essa chegada de novos investidores com bons olhos, avaliando que o Tesouro Direto é uma excelente porta de entrada para o mundo dos investimentos. Dessa forma, avaliam que os títulos públicos em geral seguem atrativos, com boa relação de risco contra retorno.

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Para prazos médios a longos, a equipe segue com a recomendação para títulos IPCA+.  Segundo eles, são os ativos mais recomendados para proteger os investidores de pressões inflacionárias que possam vir a aparecer ao longo dos próximos anos, principalmente se mantidos até o vencimento.

“Ademais, apesar da desaceleração do IPCA de agosto (0,02% M/M), as projeções para os próximos anos ainda têm subido, e o patamar de juro real atual oferecido encontra-se elevado, representando boa oportunidade de carrego nestes títulos”, destacam no documento.