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Tesouro Direto: analistas indicam títulos para ter em novembro

02 nov 2017, 14:02 - atualizado em 05 nov 2017, 13:52

Dinheiro

Depois de torrar capital político para se salvar de denúncia, o governo Michel Temer se depara com pouco tempo restante para avançar com as reformas no Congresso. A proximidade com as eleições tende a aflorar o risco político diante da trajetória explosiva das contas públicas.

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O ceticismo quanto ao êxito do ajuste fiscal une analistas empenhados em buscar oportunidades em títulos públicos. A propósito, em meio a essas incertezas, o mercado de renda fixa voltou observar alta nos prêmios de risco na quarta-feira (1), especialmente nos vencimentos médios e longos.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 ficou estável em 7,27% e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 8,39% para 8,44%. Já a taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 9,26%, ante 9,18%, e a do DI para janeiro de 2023 avançou de 9,89% para 10,00%.

Neste contexto, a equipe do Citi recomenda uma alocação de perfil moderado no Tesouro Direto. A exposição indicada é de 41% em Tesouro Selic – LFT, com vencimento em 2023, 34% no Tesouro Prefixado – LTN, com vencimento em 2020, e 25% no Tesouro IPCA – NTN-Bs, com vencimento em 2024.

Por outro lado, o time do Santander sugere para novembro a compra do título público Tesouro IPCA – NTN-B, com juros semestrais, com vencimento em 2026 – mais distante que a aposta do Citi. Na visão do estrategista Ricardo Peretti, esse título ”reúne a melhor combinação de duration (prazo) para capturar tanto os benefícios de curto prazo de uma inflação corrente mais baixa, quanto potenciais ganhos estruturais, isto é, de médio/longo prazo, caso as reformas em discussão ainda sejam aprovadas”.

A indefinição no mercado também emerge no cálculo para o fim do ciclo de queda da Selic. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sacramentou a aposta de novo corte de 0,50 ponto percentual no juro em dezembro, para 7% ao ano. Mas deixou em aberto a chance de outra redução já em seu primeiro encontro de 2018, em fevereiro.

Apesar do ligeiro aumento nas projeções para o IPCA, em reflexo da alta nas contas de energia, o Santander vê um quadro inflacionário “benevolente” até meados de 2019. Com isso, entende que o BC poderia manter o juro baixo por mais tempo, “eventualmente até abaixo de 7% ao ano”.

Os analistas Citi projetam inflação do IPCA encerrando este ano em 3,0% e em 4,0% em 2018. “Mantemos nossa projeção de taxa Selic em 7,0% para 2017, que deverá ficar neste patamar durante todo o ano de 2018”, diz relatório enviado a clientes e assinado por Cauê Pinheiro, Larissa Nappo e Rafael Santos.

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