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Tesla vai retirar sensores ultrassônicos de carros e ficar apenas com câmeras

05 out 2022, 15:08 - atualizado em 05 out 2022, 15:08
Tesla
A Tesla começou no ano passado a deixar de equipar seus carros com sensores de radar por causa da escassez de componentes eletrônicos na indústria (Imagem: Unsplash/Milan Csizmadia)

A Tesla (TSLA) vai remover sensores ultrassônicos de seus carros a partir deste mês e usar apenas câmeras nos sistemas de segurança e assistência ao motorista.

Os carros da Tesla atualmente têm 12 sensores ultrassônicos nos parachoques dianteiro e traseiro. Os sensores são usados principalmente em tarefas de estacionamento e na detecção de objetos próximos.

“Vão economizar alguns dólares. Essas coisas são bem baratas”, disse Sam Abuelsamid, analista da Guidehouse Insights, referindo-se aos sensores ultrasônicos.

A Tesla começou no ano passado a deixar de equipar seus carros com sensores de radar por causa da escassez de componentes eletrônicos na indústria.

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, tem afirmado que a companhia pode conseguir obter autonomia total dos veículos apenas com câmeras, mas a empresa tem perdido prazos de lançamento de carros totalmente autônomos.

Paralelamente, a montadora tem enfrentado crescente fiscalização de autoridades sobre o sistema Autopilot após acidentes envolvendo carros da marca.

A Tesla afirmou que quer retirar os sensores ultrassônicos do Model 3 e do Model Y nos próximos meses, incluindo o Model S e o Model X na medida em 2023.

A transição vai limitar temporariamente os recursos de estacionamento automatizado, mas não afetará a segurança contra colisões, disse a Tesla.

Enquanto empresas de tecnologia de direção autônoma e montadoras usam múltiplos sensores, como os lidars, a Tesla depende apenas de câmeras e inteligência artificial para fazerem seus veículos reconhecerem o ambiente ao redor.

“A questão é o quão bem câmeras podem ver um carro próximo, algo que as vezes é limitado em algumas ocasiões”, disse Philip Koopman, professor da Universidade Carnegie Mellon.

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