Ação da Tesla (TSLA) tomba 6% em Nova York com primeira queda anual nas entregas de veículos
As ações da Tesla (TSLA; TSLA34) iniciaram o novo ano em tom negativo com a queda inesperada das entregas de veículos elétricos em 2024.
Nesta quinta-feira (2), os papéis listados no índice Nasdaq, na Bolsa de Nova York (NYSE), recuaram 6,08%, a US$ 379,28. Já os recibos de ações (BRDs) negociados na bolsa brasileira, sob o ticker TSLA34, terminaram a sessão com baixa de 9,79%, a R$ 72,41.
De acordo com o relatório de produção e entregas de veículos do período entre setembro e dezembro, a Tesla entregou 1.789.226 automóveis em 2024 — a primeira queda anual da companhia. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (2).
O resultado ficou abaixo do esperado pelos investidores e também representa uma baixa de quase 1% em relação ao ano anterior.
Sendo assim, os novos dados “jogaram um balde de água fria” nas ações da Tesla neste início de ano, após uma disparada de mais de 63% no ano passado.
Em meados de dezembro, os papéis atingiram recorde — e superaram a máxima histórica anterior, alcançada em 2021 — após a eleição presidencial dos Estados Unidos, com a proximidade de Elon Musk com o presidente eleito Donald Trump.
Musk, que é a pessoa mais rica do mundo, investiu cerca de US$ 277 milhões na campanha presidencial de Trump e acompanhou o republicano em alguns eventos eleitorais.
Agora, o bilionário deve co-liderar um grupo consultivo do governo Trump que terá como objetivo cortar gastos, pessoal e regulamentações federais.
Os números da Tesla do 4T24
A Tesla entregou 495.570 veículos no quarto trimestre de 2024, o que representa um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mesmo assim, o número ficou abaixo das expectativas. Os analistas esperavam a entrega de 504.770 veículos, incluindo 474.000 unidades do Model 3 e do Model Y EVs, segundo as estimativas compiladas pela StreetAccount.
A fabricante de veículos elétricos, por sua vez, produziu 459.445 automóveis entre setembro e dezembro.
Em linhas gerais, as entregas são consideradas os números mais próximos das vendas da Tesla no período, mas não são definidas com precisão nas comunicações aos acionistas da empresa.
Um dos motivos para os números mais fracos é a queda na venda de veículos na Europa. Segundo dados da European Automobile Manufacturers’ Association (ACEA), as vendas da Tesla caíram cerca de 14% entre janeiro e novembro do ano passado.
A China também apresentou um declínio considerável no quatro trimestre. Já na América no Norte, em especial nos Estados Unidos, a Tesla segue dominante no mercado de veículos elétricos.
Além disso, as baixas podem ser explicadas pelo aumento da concorrência: a BYD e outras marcas na China, incluindo Chery, Li Auto, Jetour, LeapMotor e Aito, cresceram substancialmente mais rápido que a Tesla.
*Com informações de CNBC