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Tesla (TSLA34): Números do 1T24 da empresa podem ser os piores de todos os tempos?

23 abr 2024, 12:26 - atualizado em 23 abr 2024, 12:26
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Expectativa é de declínio em 5% nas receitas anuais da Tesla, fazendo com que seja o trimestre menos lucrativo desde o 2T21 (Imagem: Unsplash/Milan Csizmadia)

À espera da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) da Tesla (TSLA34), os quais serão públicos no final da tarde desta terça-feira (23), as notícias não parecem boas.

A empresa de Elon Musk pode apresentar resultados historicamente negativos, com redução global no interesse pelos veículos elétricos.

No começo de abril, a empresa reportou entrega de 387.000 carros elétricos durante os primeiros meses do ano, dado 9% abaixo em comparação ao mesmo período do ano passado.

A perda de interesse é mais notável na China, obrigando a Tesla a fornecer descontos maiores em seus veículos, como o Model 3, para aumentar o interesse pelos carros.

À espera da divulgação dos resultados, as ações TSLA operavam em alta de 1,72%, com subida nos BDRs TSLA34, de 1,18%, às 11h56 desta terça.

O que o 1T24 trará para a Tesla?

Para o primeiro trimestre, é esperado que o trimestre seja o menos lucrativo desde 2021, com estimativas de vendas gerais em US$ 22,2 bilhões, indicando declínio de 5% nas receitas no ano a ano.

Além disso, a expectativa do mercado é de redução de 42% no lucro por ação da empresa, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Matheus Spiess, estrategista da Empiricus, afirma que Musk enfrenta pressão crescente para que ele “reoriente o foco dos investidores para as perspectivas de longo prazo da Tesla e os ajude a navegar pelos desafios imediatos, incluindo a perda de participação no mercado chinês — o maior do mundo para veículos elétricos”.

Thomas Monteiro, analista-chefe do Investing.com, complementa afirmando que se Musk não apresentar um plano viável para enfrentar o crescente hiato entre produção e vendas, poderíamos presenciar mais restrições de margem, possivelmente comprometendo futuras reduções de preços ou outras iniciativas de vendas, provavelmente levando a mais cortes de empregos.

Anteriormente, foi apresentada uma redução de 10% no quadro de trabalhadores de Tesla, que conta com aproximadamente 15 mil funcionários ao redor do mundo.

Monteiro também aponta que um dos principais problemas para a indústria de veículos elétricos ao redor do mundo é o fato da inovação ter atingido um patamar em meio a custos de capital mais altos e maior escrutínio do balanço patrimonial dos investidores.

“Dado que as taxas de juros provavelmente permanecerão altas pelo menos até setembro, os investidores também estarão procurando indícios de se a empresa pode manter o tão importante talento humano neste cenário”, finaliza.

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