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Tesla sai de índice S&P 500 ESG e Elon Musk se revolta no Twitter

18 maio 2022, 17:31 - atualizado em 18 maio 2022, 17:31
Tesla
A exclusão da Tesla do índice marca o crescente debate sobre as métricas usadas para se julgar observância de questões ambientais (Imagem: Unsplash/Milan Csizmadia)

A S&P Dow Jones (DJI) excluiu a Tesla (TSLA) de seu índice S&P 500 (SPX) ESG Index, citando questões como discriminação racial e colisões ligadas ao sistema de piloto automático dos veículos da montadora.

A decisão disparou uma série de tuítes raivosos do presidente-executivo da empresa, o bilionário Elon Musk.

A exclusão da Tesla do índice marca o crescente debate sobre as métricas usadas para se julgar observância de questões ambientais, sociais e de governança, reunidas sob a sigla ESG.

Outros motivos para a retirada da Tesla do índice incluem a falta de publicação pela montadora de detalhes ligados à sua estratégia de baixo carbono ou códigos de conduta de negócios, disse Margaret Dorn, diretora dos índices ESG da S&P Dow Jones para América do Norte.

Apesar da Tesla parecer contribuir para redução de emissões de carbono por meio dos milhares de carros elétricos que produz, a falta de informações relativas aos pares da empresa no setor devem criar preocupações para os investidores que avaliam a empresa sob critérios ESG.

“Você não pode simplesmente pegar um comunicado sobre a missão de uma empresa como valor de face. Você tem que olhar suas práticas em todas estas dimensões importantes”, disse ela.

A Tesla não se manifestou sobre o assunto. Mas após o anúncio Musk publicou no Twitter que a “(petrolífera) Exxon está colocada entre as 10 melhores do mundo em ESG pela S&P 500, enquanto a Tesla não faz parte da lista! ESG é uma fraude. Tem sido usado como arma por falsos guerreiros da justiça social.”

Questionado sobre a crítica de Musk, um representante da fornecedora do índice disse que “a lista não é um ranking das melhores companhias no quesito ESG”.

A Exxon tem um peso de 1,443% no índice enquanto a Apple tem o maior, a 9,657%.

Investidores que se dizem preocupados sobre questões como diversidade e mudanças climáticas têm colocado bilhões em fundos que afirmam usar critérios ESG para escolher seus ativos.

Mas há um debate sobre o quão efetivos estes fundos são na promoção de mudanças ou se eles podem incentivar de maneira relevante empresas sobre questões que deveriam ser tratadas por políticas governamentais.

A retirada da Tesla está entre uma série de mudanças promovidas no S&P 500 ESG desde 22 de abril. Entre as adições estão o Twitter.

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