Tesla das bicicletas tem mesma legião de fãs e problemas
A pandemia tem sido benéfica para a empresa holandesa de bicicletas elétricas VanMoof.
Nos últimos seis meses, as encomendas dispararam, pois mais pessoas trocaram o congestionado transporte público por bicicletas, com a ajuda de governos locais que liberaram vias para ciclistas.
A produção dos modelos S3 e X3, que custam US$ 1.998, dobrou nos últimos meses. Mas, com a expansão, vieram os problemas que normalmente afligem empresas que experimentam um crescimento explosivo. Os clientes reclamam de peças defeituosas ou danificadas, listas de espera intermináveis e atendimento ao cliente pouco confiável.
É uma reminiscência da trajetória de crescimento vivida por outra pioneira da mobilidade elétrica, a Tesla, embora em uma escala muito menor: um produto de sucesso seguido por um aumento repentino da demanda, mas depois o desafio de garantir o controle de qualidade e o serviço pós-compra.
A VanMoof reconhece que os últimos meses não foram isentos de desafios. O fundador Taco Carlier chamou a experiência de “tempestade perfeita”. Mas Carlier disse que é uma transição normal para qualquer empresa que apresenta hardware de ponta e disse a companhia está abordando os problemas. Há também uma nova rodada de financiamento que deve ajudar a financiar as correções necessárias.
“Qualquer coisa nova, seja software ou hardware, tem que crescer até a maturidade”, disse Michael Lucassen, sócio da firma de capital de risco Tiin Capital em Naarden, nos Países Baixos, cuja empresa não investiu na VanMoof.
“E a VanMoof quer ser mais do que uma loja de bicicletas: é uma marca, é boa para o meio ambiente, está na moda, é moderna, é o amanhã. É muita coisa que você precisa acertar.”
Depois de dobrar a produção no verão, a VanMoof agora pretende fabricar 50 mil bicicletas neste ano e atingir 90 mil unidades em 2021. A empresa também aumenta as contratações, elevando a equipe de suporte ao cliente para cerca de 50 pessoas em relação a apenas 15 no início deste ano.