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Terra Santa Agro tem lucro de R$ 11,8 milhões no 1º tri e vê impulso do câmbio

15 maio 2020, 9:41 - atualizado em 15 maio 2020, 9:41
Agronegócio
No mesmo período do ano passado, a empresa havia tido um prejuízo de R$ 5,3 milhões (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A Terra Santa Agro (TESA3), uma das maiores produtoras de grãos e fibras do país, teve lucro líquido de 11,8 milhões de reais no primeiro trimestre, contra um prejuízo líquido de 5,3 milhões de reais no mesmo período do ano passado, com a empresa de commodities agrícolas vendo benefícios da disparada do dólar ante o real.

O resultado trimestral decorreu também, principalmente, de a companhia não ter efeito de reciclagem de hedge accounting, de melhores margens na cultura da soja da safra 2019/20 e do resultado positivo do estoque de passagem do algodão da safra 2018/19.

“Apesar da crise do novo coronavírus (Covid-19) e seus impactos em diferentes setores da economia, o agronegócio é um dos setores menos afetado e que se beneficia da desvalorização cambial, visto que quase que a totalidade de sua receita está atrelada à variação cambial, enquanto que apenas 60% do custo está atrelado à variação cambial…”, disse a companhia.

“Ou seja, o impacto no resultado da companhia é muito positivo.”

O indicador de geração de caixa (Ebitda ajustado) somou 97,3 milhões de reais, alta de 55,2%.

A empresa observou que os números do Ebitda consolidam os resultados de duas safras distintas a 2018/19 e a 2019/20.

O agronegócio é um dos setores menos afetado e que se beneficia da desvalorização cambial (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

“O resultado da safra 2018/19 no 1T20 é marcado pelo faturamento remanescente do algodão que, devido à pandemia acabou sofrendo atrasos nos embarques principalmente para a China”, disse. “Assim, o faturamento antes previsto para se encerrar dentro do 1T20 deve se prolongar até o início do 3T20.”

Já o resultado da safra 2019/20 no trimestre, continuou a companhia, foi marcado pelo reconhecimento do resultado bruto da soja (51 milhões de reais), já em sua maioria faturada, pela marcação do ativo biológico ainda incipiente do algodão, do ativo biológico do milho (8,9 milhões de reais), a pela variação cambial das contas a pagar e pelo resultado de hedge.

Levando em consideração o estágio de desenvolvimento da cultura do algodão, os efeitos da desvalorização cambial não foram capturados pela marcação do ativo biológico do produto e foram completamente capturados pela variação na conta de insumos com fornecedores, explicou a empresa.

“Nesse contexto de alta complexidade e volatilidade, merece destaque nosso modelo de gestão de risco e de comercialização que analisa diariamente as condições de preço das commodities, dos insumos e da taxa de câmbio e seus impactos nos resultados”, destacou.