Terra arrasada: As 10 ações que mais perderam com tarifaço de Trump; buraco soma R$ 114 bi

O Brasil, apesar de ser um dos países menos taxados pelo pacote de Donald Trump, também sofreu duro baque com a guerra comercial que ameaça colocar o mundo em recessão.
A pedido do Money Times, a Elos Ayta listou as ações que mais perderam valor de mercado desde 2 de abril, quando o presidente mostrou seu ‘cartaz’ com os países mais e menos taxados.
Até ali, a bolsa brasileira até conseguiu se segurar. Porém, o anúncio de que a China iria retaliar acabou com qualquer esperança de negociação.
Nesta segunda, o presidente Trump voltou a ameaçar o país com taxas que podem chegar a 50%. Além disso, paralisou as negociações com a potência asiática.
Na lista de ações mais atingidas, estão papéis de exportadoras e empresas com exposição internacional. Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), por serem as maiores companhias, encabeçam a lista. Depois, a Ambev (ABEV3) vem logo em seguida.
Se somar as 10 maiores perdas, o valor chega a R$ 114 bilhões.
Veja abaixo:
Empresa | Ticker | Perda (desde 2/4) |
---|---|---|
Petrobras | PETR4 | R$ 60 bi |
Vale | VALE3 | R$ 20,8 bi |
Ambev | ABEV3 | R$ 7,7 bi |
PRIO | PRIO3 | R$ 4,1 bi |
Tim | TIMS3 | R$ 3,9 bi |
Banco do Brasil | BBAS3 | R$ 3,8 bi |
Weg | WEGE3 | R$ 3,7 bi |
Suzano | SUZB3 | R$ 3,6 bi |
Embraer | EMBR3 | R$ 3,4 bi |
Gerdau | GGBR4 | R$ 3,2 bi |
3 setores defensivos para investir
Para Bruno Henriques, analista sênior do BTG Pactual, a ampla reação negativa é causada pela surpresa do mercado, já que as medidas anunciadas vieram piores do que o cenário negativo esperado pelos investidores.
“O número veio pior do que as expectativas mais negativas e acabou catalisando uma realização. Além disso, começamos a flertar com o aumento da probabilidade de recessão dos EUA, com efeitos em outras partes do mundo”, disse Henriques, em entrevista ao Giro do Mercado.
Apesar da negatividade global, Henriques vê a América Latina menos prejudicada por receber tarifas de 10%, inferiores a diversos países. Em relação a setores mais defensivos, o analista cita possíveis apostas.
“Em um cenário de tarifas globais maiores, o agronegócio já era competitivo antes e se torna ainda mais; o setor de serviço básico, saneamento, distribuição e geração de energia, tem alta possibilidade de repasse de preços e muita previsibilidade de caixa; e o setor financeiro, com bancos e seguradoras com pouca exposição externa”, disse.
O especialista ainda comentou sobre os indicadores macroeconômicos dos EUA e a perspectiva para as decisões do Federal Reserve sobre os juros.
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