Mercados

Terra arrasada: As 10 ações que mais perderam com tarifaço de Trump; buraco soma R$ 114 bi

07 abr 2025, 19:46 - atualizado em 07 abr 2025, 19:53
Queda
Se somar as 10 maiores perdas, o valor chega a R$ 114 bilhões (Imagem: Unsplash/ Ussama Azam)

O Brasil, apesar de ser um dos países menos taxados pelo pacote de Donald Trump, também sofreu duro baque com a guerra comercial que ameaça colocar o mundo em recessão.

A pedido do Money Times, a Elos Ayta listou as ações que mais perderam valor de mercado desde 2 de abril, quando o presidente mostrou seu ‘cartaz’ com os países mais e menos taxados.

Até ali, a bolsa brasileira até conseguiu se segurar. Porém, o anúncio de que a China iria retaliar acabou com qualquer esperança de negociação.

Nesta segunda, o presidente Trump voltou a ameaçar o país com taxas que podem chegar a 50%. Além disso, paralisou as negociações com a potência asiática.

Na lista de ações mais atingidas, estão papéis de exportadoras e empresas com exposição internacional. Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), por serem as maiores companhias, encabeçam a lista. Depois, a Ambev (ABEV3) vem logo em seguida.

Se somar as 10 maiores perdas, o valor chega a R$ 114 bilhões.

Veja abaixo:

Empresa Ticker Perda (desde 2/4)
Petrobras PETR4 R$ 60 bi
Vale VALE3 R$ 20,8 bi
Ambev ABEV3 R$ 7,7 bi
PRIO PRIO3 R$ 4,1 bi
Tim TIMS3 R$ 3,9 bi
Banco do Brasil BBAS3 R$ 3,8 bi
Weg WEGE3 R$ 3,7 bi
Suzano SUZB3 R$ 3,6 bi
Embraer EMBR3 R$ 3,4 bi
Gerdau GGBR4 R$ 3,2 bi

3 setores defensivos para investir

Para Bruno Henriques, analista sênior do BTG Pactual, a ampla reação negativa é causada pela surpresa do mercado, já que as medidas anunciadas vieram piores do que o cenário negativo esperado pelos investidores.

“O número veio pior do que as expectativas mais negativas e acabou catalisando uma realização. Além disso, começamos a flertar com o aumento da probabilidade de recessão dos EUA, com efeitos em outras partes do mundo”, disse Henriques, em entrevista ao Giro do Mercado.

Apesar da negatividade global, Henriques vê a América Latina menos prejudicada por receber tarifas de 10%, inferiores a diversos países. Em relação a setores mais defensivos, o analista cita possíveis apostas.

“Em um cenário de tarifas globais maiores, o agronegócio já era competitivo antes e se torna ainda mais; o setor de serviço básico, saneamento, distribuição e geração de energia, tem alta possibilidade de repasse de preços e muita previsibilidade de caixa; e o setor financeiro, com bancos e seguradoras com pouca exposição externa”, disse.

O especialista ainda comentou sobre os indicadores macroeconômicos dos EUA e a perspectiva para as decisões do Federal Reserve sobre os juros.

Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no Youtube.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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