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Wall Street no vermelho: ‘Termômetro do medo’ dispara mais de 150% em Nova York e se aproxima da máxima atingida em 2008

05 ago 2024, 11:59 - atualizado em 05 ago 2024, 12:06
Fundo de crédito, Lótus, Empírica, Wall Street
(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, ampliou o movimento de disparada e chegou a subir 170% nesta segunda-feira (5) — aos 65,73 pontos.

O índice superou o nível alcançado durante a pandemia, de aproximadamente 55 pontos, e opera em patamar próximo da máxima registrada durante a crise financeira de 2008.

A forte alta do VIX reflete a perspectiva do mercado de que os Estados Unidos entre em recessão, após dados de atividade econômica e do mercado de trabalho divulgados na semana passada apontarem para uma desaceleração da maior economia do mundo. Na última sexta-feira (2) o VIX chegou a disparar 48%.

Além disso, o aumento das tensões dos conflitos no Oriente Médio e o aumento da taxa de juros do Japão aumentam as incertezas dos investidores ao redor do mundo.

Ao longo da manhã, o termômetro do medo diminuiu a alta. Por volta de 11h40 (horário de Brasília), o VIX subia 79,91%, aos 42,08 pontos.

O índice considera o preço de opções do S&P 500 para  30 dias seguidos.

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VIX: e no Brasil?

O mercado brasileiro acompanha a aversão ao risco do exterior. O “VIX brasileiro” negociado na B3, sob o ticker VXBR, dispara mais de 15%, aos 20,47 pontos – no maior patamar desde o lançamento, em março deste ano.

O índice de volatilidade implícita da bolsa também busca a refletir o sentimento dos investidores no mercado de opções em um período de 30 dias.

Para interpretar o “termômetro do risco” há uma escala, que varia de zero (até 15, considerado baixo) a superior a 30 (extremamente alto).

 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.