Biocombustível

Tereos vai moer 2 milhões/t a menos de cana por geadas; setor terá estoques baixos de etanol

06 ago 2019, 10:44 - atualizado em 06 ago 2019, 10:51
Estoques justos de etanol são esperados mais a frente (Imagem: Pixabay)

As sete usinas do Grupo Tereos vão perder em torno de 2 milhões de toneladas de cana, já contabilizadas após as geadas de julho. O que influenciará na produção de etanol, em conjunto com o momento na qual a safra entra em declínio natural, e vai deixar a empresa com estoques bem mais ajustados que no mesmo período de 2018 a partir de setembro.

Mas não é cenário que poderia acusar descasamento com a forte demanda e tampouco estaria restrito à empresa detentora da marca de açúcar Guarani. “O setor todo vai chegar ao último trimestre com estoques abaixo dos níveis ideais e certamente vamos para uma entressafra com etanol no limite”, confirmou Jacyr da Costa Filho, diretor da região Brasil do grupo francês.

As chuvas de 10 mm na região Noroeste de São Paulo, onde estão localizadas as unidades do Tereos, foram consideradas razoáveis e benéficas para a época do ano – em contraste com a seca de 2018 de maio a final de setembro – mas as condições já estão dadas. Costa Filho trabalha com projeções de 19 a 20 milhões de toneladas de cana.

Destas, 40% vão para etanol, que resultarão entre 650 a 700 milhões de litros, entre hidratado, a maioria, e anidro.

Bolsa

O Grupo Tereos está se preparando para abrir o capital na Bolsa de Paris. Na França a empresa, de viés cooperativista, atua em áreas semelhantes com outras biosmassas.

No Brasil, o Tereos abriu o capital e em 2016 o fechou, pela baixa liquidez de suas ações e num período que avançava a crise setorial, com o congelamento dos preços da gasolina no governo Dilma Rousseff, que tirava rentabilidade do biocombustível.

Jacyr da Costa Filho, diretor da regional Brasil, diz não haver planos para retornar às negociações com ações na B3.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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