Tereos fará mais dinheiro com a cogeração; com selo de sustentabilidade, vai gerar créditos de energia renovável
O grupo francês Tereos tem potencial para comercializar 1,4 milhão MWh de energia elétrica gerada em suas sete unidades brasileiras de açúcar e etanol e pretende que metade disso gere créditos de energia renovável para negociação no mercado ainda em 2021.
Esse novo potencial de receita extra para a companhia vem com o recebimento da certificação I-REC, reconhecido em 70 países, e que qualifica a cogeração de energia do bagaço da cana como sendo de fontes limpas e renováveis.
A partir da biomassa da cana-de-açúcar, o Tereos insiste no conceito ESG, ampliando seu braço de sustentabilidade aproveitando ao máximo os resíduos do processamento, como informa Gustavo Segantini, diretor-comercial.
Mesmo no negócio original da cogeração, que é a venda para o sistema elétrico, há uma tendência de os grandes consumidoras empresariais comprarem energia de geradoras que tenham o selo I-REC, acrescenta o executivo do grupo, que no mês passado lançou a emissão da primeira debênture com selo verde, de R$ 480 milhões.