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‘Teremos mais tempo para elaborar uma solução para a Oi’, diz Grace Mendonça

09 nov 2017, 23:09 - atualizado em 09 nov 2017, 23:09

A ministra-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, disse que adiamento da assembleia geral de credores da Oi foi uma decisão importante para o governo, pois haverá mais tempo para elaborar uma solução para as dívidas da companhia com a União. Mais cedo, a Justiça decidiu adiar a assembleia, marcada para amanhã (10), para o dia 7 de dezembro.

“Agora nós teremos a tranquilidade de desenvolver o trabalho que possa trazer uma solução eficiente e a tempo de atender aquilo que é demanda da empresa e do interesse público”, afirmou. “Teremos um tempo maior para reflexão de uma questão altamente complexa”, acrescentou.

A ministra é a líder de um grupo de trabalho formado pelo governo e pelos bancos públicos que trabalha numa solução alternativa para as dívidas da companhia. Segundo ela, o plano ainda não está fechado, mas o cronograma dos trabalhos está sendo cumprido à risca. Ela ressaltou que a proposta deve ser fechada ainda neste ano, antes da nova data da assembleia geral de credores, e reiterou que o governo busca uma solução rápida para esse impasse.

“Alguns estudos ainda estão sendo desenvolvidos e estamos desenvolvendo alguns exercícios para que possamos construir a melhor solução, pois a solução que se der aos créditos públicos terá repercussão em todo o contexto da empresa”, disse a ministra.

“As reflexões estão sendo tratadas com muito cuidado e cautela para que possamos aplicar o remédio na dose certa e trazer a saúde tão almejada pela empresa.” Grace Mendonça recebeu nesta quinta-feira, 9, o juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia.

Segundo ela, embora o adiamento tenha sido positivo para o governo, a AGU não pediu ao juiz para a assembleia fosse remarcada. A ministra reiterou que a solução a ser construída pela AGU para a empresa terá segurança jurídica. “O grande desafio é trazer para os créditos públicos uma solução mais adequada, que torne esse plano um plano efetivamente viável e realista”, afirmou.

“Não há no governo pretensão de afastar a incidência da lei de recuperação judicial.” A ministra disse que a nomeação de novos diretores pelo Conselho de Administração da Oi não mudou os trabalhos do grupo do governo. “O esforço todo é para se evitar a intervenção. Não trabalhamos com a perspectiva de intervenção, trabalhamos com a perspectiva de recuperação e da saúde da empresa.”

(Por Rafael Moraes Moura e Anne Warth)

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