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Ter ações do Magazine Luiza (MGLU3) agora é mais seguro do que ter Via (VIIA3), diz Itaú BBA

16 fev 2022, 18:32 - atualizado em 17 fev 2022, 0:30
Magazine Luiza
Entre Magazine Luiza e Via prefira Via, dia Itaú BBA, que atualizou as recomendações (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza)

Embora o cenário macro não favoreça em nada as varejistas, o Itaú BBA continua otimista com as empresas no setor.

A corretora atualizou as estimativas das companhias e manteve a recomendação de compra para os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), além do Mercado Livre (MELI34), a favorita no segmento.

Apesar disso, o BBA rebaixou a recomendação da Via de compra para neutra. Segundo a equipe de análise liderada por Thiago Macruz, além dos desafios econômicos, a empresa terá que lidar com a “bucha” dos processos trabalhistas. O preço-alvo de 2022 está em R$ 4,70.

No balanço do terceiro trimestre, a companhia relatou que o valor médio dos processos cresceu 32% no período de 2020 a 2021 ante os anos de 2019 e 2020, e que a entrada de novos processos contra a companhia disparou 82%.

Com isso, a empresa montou uma provisão de R$ 2,5 bilhões ao fim de setembro com relação a estes processos, ante provisão de R$ 1,2 bilhão em junho.

Magalu: Crescendo menos, mas crescendo

De acordo com com Itaú, o Magalu, assim como Americanas, irá crescer em participação de mercado, mas em menor velocidade.

“Dentre estes dois nomes, Magalu será a mais impactada no curto prazo devido à sua exposição maior a categorias de produtos mais cíclicos”, diz.

O preço-alvo em 2022 para Americanas ficou em R$ 44, potencial de alta de 25%. Para Magazine Luiza o preço-alvo é de R$ 12, o que implica alta de 75%.

O perigo vem de fora

De acordo com o BBA, a entrada da Shopee preocupa investidores do setor. A companhia alcançou uma notável penetração de mais de 30% em smartphone no Brasil, lembra.

“No entanto, apesar de crescimento contínuo do tráfego no aplicativo, este tem sido impulsionado principalmente por jogos de celular, com baixa conversão de tráfego para GMV (valor bruto de mercadoria)”, pontua.

As estimativas da corretora indicam um GMV (volume bruto de mercadorias) de R$ 15 bilhões a partir de 2021, com participação de mercado de 7%.

Mercado Livre, a melhor

A ação favorita do Itaú para o e-commerce é o Mercado Livre. Segundo a corretora, a empresa é amparada pelo bom desempenho, com receitas crescentes de anúncios e fulfillment.

“Enquanto as outras empresas estão se concentrando em proteger o caixa, ponderando seus custos de aquisição de clientes, o Mercado Livre se beneficia de sua enorme base de tráfego orgânico, mantendo o desempenho do seu GMV”, coloca.

O preço-alvo para a ação da companhia é de US$ 1.557 ao fim de 2022, o que implica um aumento de 43% em relação aos níveis atuais.

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