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TEPP11: Mais valorizado do ano, fundo imobiliário quer ocupar a Faria Lima

01 ago 2023, 8:30 - atualizado em 31 jul 2023, 23:35
Fundos Imobiliários
Gestora de dois fundos imobiliários que somam mais de 70 mil cotistas estuda ativos no centro financeiro do país e follow-on (Imagem: Tellus Properties)

O fundo imobiliário de lajes corporativas Tellus Properties (TEPP11) é o que mais se valoriza em 2023 entre os listados no índice referência do setor, o Ifix. O FII tem ganhos perto de 40%, considerando o fechamento de ontem (31). 

Além do TEPP11, a Tellus também é gestora do Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11)– ex SDI Rio Bravo Renda Logística (SDIL11). Por sua vez, a valorização do fundo é de 10,7% no ano.

Em entrevista ao Money Times, o gestor e diretor financeiro da gestora, João Paulo Germanos, fala sobre os planos para os fundos imobiliários e o desejo de chegar aos imóveis centro financeiro do país, a Faria Lima.

Fundo imobiliário quer chegar à Faria Lima

O gestor ressalta que o TEPP11 encerrou junho com 11,5 mil cotistas, exibindo crescimento de 15% em 2023.  Enquanto o TRBL11 somava mais de 60 mil cotistas.

Germanos classifica a Tellus como uma “casa low profile”. Contudo, não quer dizer que ela não seja ambiciosa. Com ativos em regiões com forte concentração de escritórios em São Paulo, como as das avenidas Paulista, Engenheiro Luís Carlos Berrini e Juscelino Kubitschek (JK), o fundo de lajes corporativas da Tellus quer chegar à principal via do mercado financeiro no país.

“A gente está sempre prospectando e em busca de bons ativos. Se eu pudesse dizer uma região que o fundo não está, mas gostaria de estar é a da Faria Lima, óbvio. A gente tem ativo em Pinheiros, na JK, na Berrini. Está faltando a Faria Lima”, comenta Germanos.

O executivo da Tellus diz que a casa de investimentos sempre está atenta ao mercado imobiliário e, na região, não tem apenas os ativos novos que ele classifica como “glamourosos”.

O interessante é que a região não tem só [ativo] triple AAA, mais recentes. Tem imóveis da década de 1990 e de 2000, não são ativos novos. A gente enxerga a região com ‘bons olhos'”, diz Germanos.

Oportunidades com ‘follow-on’, que deve aquecer FIIs

O ano está sendo marcado pelas ofertas subsequentes de ações (follow-ons) de grandes empresas listadas na Bolsa brasileira. Porém, as operações não ficarão restritas a essas empresas e devem invadir os fundos imobiliários, com a emissão de novas cotas.

O gatilho será a queda da taxa básica de juros (Selic). A expectativa do mercado é de que o ciclo de corte comece nesta quarta-feira (02). Desta forma, pensando na queda da Selic, a emissão de novas cotas entrou no radar da Tellus.

“A gente gosta da ideia de fazer um follow-on. É importante para o fundo [TEPP11] e para o crescimento dele. Mas o ele precisa ter sua cota a valor de mercado mais próxima do seu valor patrimonial. Mas temos aí uma distância de uns 11%”, comenta Germanos. O valor da corta está próximo de R$ 90.

Para Germanos, a medida que a cota do fundo for se aproximando do valor patrimonial, a gestora vai tendo mais ânimo para fazer a operação.

Faltando pouco para encerrar 2023 e com a cabeça no próximo ano, o mercado financeiro e o gestor dos FIIs espera Selic no patamar de 10%. No entanto, ele acredita que os fundos imobiliários devem ter ritmo de crescimento bom e normal para a indústria.

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