Política

Tentativa de eleger presidente fracassa em terceira tentativa na Itália

26 jan 2022, 11:27 - atualizado em 26 jan 2022, 11:28
Mario Draghi
O primeiro-ministro Mario Draghi continua na disputa, mas os temores de que sua promoção a presidente possa causar a desintegração de seu governo de coalizão e provocar eleições antecipadas (Imagem: Francesco Ammendola/Divulgação via REUTERS)

Uma terceira rodada de votação para eleger um novo presidente da Itália fracassou nesta quarta-feira, com os blocos de centro-esquerda e centro-direita aparentemente ainda distantes de um acordo sobre candidato mutuamente aceitável.

Para ser bem sucedido, um candidato precisa de uma maioria de dois terços no Parlamento em uma das três primeiras rodadas de votação. A partir da quarta rodada, que acontecerá na quinta-feira, uma maioria absoluta será suficiente.

Nesta quarta, uma grande quantidade de parlamentares continuou a depositar votos em branco. No entanto, vários deles colocaram na cédula o nome do atual presidente, Sergio Mattarella, que já descartou aceitar um segundo mandato.

A corrida pelo prestigioso mandato de sete anos está amplamente aberta, e nem o bloco de centro-direita ou o bloco de centro-esquerda têm os votos suficientes para impor seus candidatos, o que significa que algum tipo de acordo de concessão será necessário.

O primeiro-ministro Mario Draghi continua na disputa, mas os temores de que sua promoção a presidente possa causar a desintegração de seu governo de coalizão e provocar eleições antecipadas, complicou suas perspectivas.

“Teríamos semanas de confusão se Draghi deixasse o governo… seria um problema em meio às crises sanitária, energética e econômica”, afirmou o líder do partido de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, na quarta-feira.

Dos chefes do partido principal, o único que apoia a candidatura de Draghi à Presidência é Enrico Letta, do Partido Democrático, de centro-esquerda.

O presidente tem um papel poderoso. Ele tem a palavra final na nomeação do primeiro-ministro e é sempre chamado para resolver crises políticas na terceira maior economia da zona do euro, na qual os governos sobrevivem, em média, por menos de um ano.