Economia

Tensão no Oriente Médio: Petrobras (PETR4) vai subir preços dos combustíveis? Confira

16 abr 2024, 10:59 - atualizado em 16 abr 2024, 10:59
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Governo e Petrobras estão de olho no conflito no Oriente Médio para avaliar se será necessário aumentar os preços dos combustíveis. (Imagem: Agência Petrobras)

A atenção dos mercados está voltada para o Oriente Médio, onde aumentam as tensões entre Israel e Irã. No meio disso, está o petróleo.

Embora a commodity esteja em queda, as projeções apontam para uma alta do petróleo no mercado internacional com a escalada da guerra na região dos maiores produtores, que por sua vez pressionariam os preços dos combustíveis no Brasil.

Mas a Petrobras (PETR3;PETR4) deve esperar antes de sair mexendo nos preços da gasolina e diesel. Em entrevista para a CNN, o presidente Jean Paul Prates disse que, por enquanto, o conflito em Israel não deve gerar impacto nos preços dos combustíveis.

  • O que está acontecendo com a Petrobras? A equipe do Money Times investigou a fundo o que está rolando com a estatal em meio à interferência política e à retenção de dividendos; leia mais.

“Estamos acompanhando os andamentos geopolíticos e as oscilações decorrentes no preço do petróleo (barril). Por enquanto, os estoques e a continuidade da produção em países não afetados garantem baixa volatilidade e nenhum novo patamar de preços já consolidado”, disse Prates.

O presidente aproveitou para defender a estratégia comercial da estatal. “A nova estratégia comercial (política de preços, mais otimização logística e comercial) mostra seu valor, evitando a volatilidade dos ajustes em tempo real bem como a paridade com a importação”, afirmou.

De qualquer forma, o governo também está acompanhando de perto a tensão no Oriente Médio. Segundo informações d’O Globo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria criado um grupo de trabalho para acompanhar os desdobramentos do conflito.

A equipe do governo também avalia que, por enquanto, não é preciso realizar um reajuste. O posicionamento deverá ser de espera para saber como será a reação de Israel aos últimos ataques e se haverá uma eventual disparada no preço do barril do petróleo.

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Petróleo: Combustíveis estão defasados no Brasil

Vale destacar que o Brasil já acumula defasagem nos preços dos combustíveis, bem antes da escalada da tensão em Israel.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que a defasagem do preço da gasolina brasileira em relação ao preço internacional está em 19%. Já o diesel está em 11%.

No entanto, esses números são considerando os principais polos no país. Quando analisados apenas os polos da Petrobras, aí a defasagem é maior: de 21% para a gasolina e de 12% para o diesel.