Tensão no Oriente Médio: Petrobras (PETR4) vai subir preços dos combustíveis? Confira
A atenção dos mercados está voltada para o Oriente Médio, onde aumentam as tensões entre Israel e Irã. No meio disso, está o petróleo.
Embora a commodity esteja em queda, as projeções apontam para uma alta do petróleo no mercado internacional com a escalada da guerra na região dos maiores produtores, que por sua vez pressionariam os preços dos combustíveis no Brasil.
Mas a Petrobras (PETR3;PETR4) deve esperar antes de sair mexendo nos preços da gasolina e diesel. Em entrevista para a CNN, o presidente Jean Paul Prates disse que, por enquanto, o conflito em Israel não deve gerar impacto nos preços dos combustíveis.
- O que está acontecendo com a Petrobras? A equipe do Money Times investigou a fundo o que está rolando com a estatal em meio à interferência política e à retenção de dividendos; leia mais.
“Estamos acompanhando os andamentos geopolíticos e as oscilações decorrentes no preço do petróleo (barril). Por enquanto, os estoques e a continuidade da produção em países não afetados garantem baixa volatilidade e nenhum novo patamar de preços já consolidado”, disse Prates.
O presidente aproveitou para defender a estratégia comercial da estatal. “A nova estratégia comercial (política de preços, mais otimização logística e comercial) mostra seu valor, evitando a volatilidade dos ajustes em tempo real bem como a paridade com a importação”, afirmou.
De qualquer forma, o governo também está acompanhando de perto a tensão no Oriente Médio. Segundo informações d’O Globo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria criado um grupo de trabalho para acompanhar os desdobramentos do conflito.
A equipe do governo também avalia que, por enquanto, não é preciso realizar um reajuste. O posicionamento deverá ser de espera para saber como será a reação de Israel aos últimos ataques e se haverá uma eventual disparada no preço do barril do petróleo.
Petróleo: Combustíveis estão defasados no Brasil
Vale destacar que o Brasil já acumula defasagem nos preços dos combustíveis, bem antes da escalada da tensão em Israel.
Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que a defasagem do preço da gasolina brasileira em relação ao preço internacional está em 19%. Já o diesel está em 11%.
- Quer receber insights de investimentos diretamente no seu WhatsApp? Entre na comunidade gratuita, clicando aqui.
No entanto, esses números são considerando os principais polos no país. Quando analisados apenas os polos da Petrobras, aí a defasagem é maior: de 21% para a gasolina e de 12% para o diesel.