Tensão aumenta no Oriente Médio: Como proteger sua carteira dos impactos da guerra?
A tensão no Oriente Médio aumenta cada dia mais, o que preocupa os mercados quanto à escalada do conflito na Faixa de Gaza.
O analista da Empiricus Research, Enzo Pacheco, participou da edição do Giro do Mercado nesta quarta-feira (18) para comentar quais são os setores mais afetados pela tensão geopolítica e, ainda, quais ativos se sobressaem quando o assunto é proteger a carteira neste momento.
Segundo o analista, boa parte da preocupação do mercado com a escalada da guerra para outros países está ligada a como isso pode impactar na produção e também nos preços do petróleo, já que o Irã é um dos grandes produtores da commodity.
Sobre os setores mais impactados, ele destaca que todas as empresas ligadas ao petróleo podem ser beneficiadas, uma vez o cenário que se desenha é de que a demanda não deve cair tanto, ao mesmo tempo que o mercado ainda lidaria com uma queda de oferta.
“Me parece que a demanda não cairia tanto a ponto de compensar essa queda da oferta. Então, manteria o preço do petróleo nos patamares altos que a gente vê hoje.”
Já do lado negativo, as empresas aéreas lidam com uma redução no número de viagens para o Oriente Médio, o que pode impactar na receita. Há também o impacto de custos, principalmente dos combustíveis, que lideram os gastos dessas empresas.
Temporada de resultados começou nos Estados Unidos
O que resta para o mercado é a temporada de balanços, que começou pelos Estados Unidos.
Grandes bancos como Bank of America e Goldman Sachs começaram a divulgar seus números do terceiro trimestre de 2023 e dão pistas sobre o rumo da economia norte-americana.
“Apesar dos números terem vindo melhores do que a expectativa do mercado, você vê ainda sinais não tão claros de que a economia está lá às mil maravilhas. Não estou falando que a economia está prestes a entrar em uma recessão, mas também tem alguns sinais de atenção nos números dos bancos.”
Pacheco também comentou sobre as perspectivas para os resultados das empresas Netflix e Tesla.
Confira o que esperar na entrevista completa, no Giro do Mercado.