Tenha as ações da Eletrobras, mesmo que ela continue estatal
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) devem ser compradas e mantidas, mesmo em um cenário que não ocorra a privatização, dispara o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes neste domingo (26).
Para Carolina Carneiro e Luis Lima, que iniciaram a análise dos papéis da estatal, a empresa está sustentada por uma geração de fluxo de caixa decente (resultado de várias medidas de eficiência tomadas entre 2016 e 2019) e que garante um fluxo de dividendos razoável, “mesmo que o cenário de privatização não se concretize”.
A recomendação é de compra para as ações preferenciais de classe B (ELET6), com preço-alvo de R$ 50,30, e neutra para as ordinárias (ELET3), com preço-alvo de R$ 45,90.
Ter as ordinárias, explicam Carneiro e Lima, pode dar um ganho adicional em uma possível privatização. Esta possibilidade não está incluída no cenário-base traçado pelo banco.
“Embora a empresa tenha reduzido os custos em 37% em menos de três anos, ajudando assim as perspectivas de margens para 2020, vemos espaço adicional para aproximadamente 15% de cortes de custos adicionais com base em uma simples comparação com concorrentes, que pode ser parcialmente implementada, independentemente de uma privatização”, destacam os analistas.