Tendência de alta? Petrobras (PETR4), Copom e outros pontos de atenção para o Ibovespa nos próximos dias
O Ibovespa fechou a última semana praticamente no zero a zero, tendo apresentado um leve recuo de 0,02% – sinal de que o mercado está cauteloso no curto prazo, na avaliação do BB Investimentos.
Além do balanço decepcionante de Vale (VALE3), o mercado repercutiu dados de produção e vendas da Petrobras (PETR4) e a nova decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que retomou o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos ao elevar os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 5,25-5,50%.
O BB lembra, no entanto, que a tendência primária da Bolsa local é de alta, e “correções são etapas importantes para dar continuidade ao movimento”.
Segundo a MyCap, o Ibovespa sugere realização de curto prazo com alvo até os 114.800 e 109.900 pontos na retração de movimento. Por outro lado, o mercado segue na tendência de alta; renovando o ciclo acima dos 123.600 pontos, o índice tem alvos para buscar em 126.600 e 131.290 pontos, destaca a corretora.
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Radar do mercado
A semana que se inicia está recheada de acontecimentos, tanto na agenda econômica quanto no calendário de resultados corporativos.
O destaque fica para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) d0 Banco Central, sob expectativa por parte do mercado do tão aguardado anúncio de afrouxamento monetário no Brasil.
Nos últimos meses, o mercado tem precificado uma eventual redução dos juros por parte do BC a partir de agosto. Agentes financeiros estão divididos quanto ao tamanho do corte – se haverá uma redução de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual para a taxa brasileira.
Enquanto isso, dentro do radar corporativo, a safra de balanços ganha tração. Segundo o BB, o desempenho da temporada deve influenciar o comportamento do Ibovespa nos próximos dias.
Petrobras divulga seu saldo do segundo trimestre do ano no dia 3 de agosto, junto com Bradesco (BBDC4), após o fechamento do mercado. Antes da abertura, a Ambev (ABEV3) entregará seus resultados.
A petroleira estatal reportou produção de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia totais de petróleo e gás entre abril e junho deste ano, o que representa queda de 0,6% ante o mesmo intervalo do ano passado.
Na noite de sexta (28), a companhia anunciou a aguardada nova política de remuneração a acionistas, com a distribuição passando a ser de 45% de seu fluxo livre de caixa em dividendos, ante a política anterior de distribuição de 60%, segundo fato relevante divulgado ao mercado. Investidores devem repercutir a decisão nas sessões seguintes.
Ao longo da semana, o mercado também deve se atentar aos resultados da Cielo (CIEL3), que sai 1º de agosto. Algumas elétricas estão no radar, como Transmissão Paulista (TRPL4), que reporta o balanço nesta segunda-feira (31), e Taesa (TAEE11), no dia 2 de agosto.
No universo das commodities, Suzano (SUZB3) divulga resultados no dia 2 de agosto, assim como Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3).