Tenda (TEND3) reduz prejuízo no 1º tri e projeta vender até R$ 3 bilhões em 2023
A Tenda (TEND3) viu o seu prejuízo líquido atingir R$ 41,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, reduzindo o montante em 37,8% na comparação com o prejuízo de R$ 67,3 milhões registrado no mesmo período de 2022. Os números consideram os resultados da construtora e de sua subsidiária Alea.
Em contrapartida, a receita líquida cresceu 12% de janeiro a março na base anual, para R$ 651,4 milhões. Já o lucro bruto ajustado consolidado avançou 23,7% ante o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 148,2 milhões. A margem bruta ajustada foi de 22,7%, alta de 2,1 pontos percentuais (p.p.) na mesma base de comparação.
No entanto, a empresa gerou caixa de R$ 45,1 milhões no trimestre, enquanto queimou R$ 250,1 milhões no mesmo período do ano passado A Tenda viu a sua dívida líquida crescer 29,7% no início de 2023, para R$ 754,8 milhões.
A construtora mineira aproveitou para divulgar as projeções para 2023 de margem bruta ajustada e de vendas líquidas. Sendo assim, a empresa espera vender entre R$ 2,7 bilhões e R$ 3 bilhões, enquanto projeta margem bruta de 24,0% a 26,0% para o ano.
Tenda teve números operacionais dentro do esperado
Em prévia operacional divulgada no mês passado, a Tenda reportou vendas líquidas de R$ 611,1 milhões de janeiro a março, alta de 2,3% na comparação anual, considerando também os resultado da subsidiária Alea. Em contrapartida, a construtora vendeu 9,3% menos ante o quarto trimestre de 2022.
A velocidade de vendas sobre a oferta líquida (VSO) ficou em 24,4%, quedas de 2,1 p.p. na base anual e de 1,2 p.p. no comparativo trimestral.
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Programas habitacionais e caminho de recuperação
Em mensagem aos investidores, a empresa de construção civil diz que, apesar de reportar mais um trimestre de prejuízo, o atual processo de reestruturação segue de acordo com o planejado. “Acreditamos que o resultado do primeiro trimestre dá sinais de que a companhia está no caminho certo”, diz a gestão.
Além disso, a companhia destacou os programas habitacionais Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, e o Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo.
A construtora mineira teve projetos aprovados pelo órgão municipal, com VGV de R$ 577,1 milhões. Ao todo, são três empreendimentos e 2,8 mil unidades.