Tenda (TEND3): Prévia indica relativa resiliência em cenário mais fraco para baixa renda, dizem analistas
A animação dos investidores com a prévia operacional da Tenda (TEND3) reflete o bom desempenho das ações da companhia nesta quinta-feira (20).
Do lado dos analistas, embora a construtora tenha conseguido sustentar os números no quarto trimestre de 2021, não houve grandes surpresas no relatório.
A Tenda registrou vendas líquidas de R$ 781 milhões nos últimos três meses do ano passado, representando uma queda de 1,8% em relação ao mesmo intervalo de 2020.
O montante de lançamentos no trimestre foi de R$ 836 milhões, um recuo de 5,5% na comparação ano a ano. Foram lançados 17 empreendimentos no período.
Segundo a Ágora Investimentos, os dados operacionais mostram relativa resiliência por parte da Tenda, levando em consideração a piora do cenário para o segmento de baixa renda (aumento da inflação e menor poder de compra do consumidor).
“Vemos positivamente o ritmo do volume de lançamentos, acompanhado de um volume de vendas decente. Também gostamos do incremento marginal no preço das unidades vendidas, especialmente se os níveis de preço forem sustentados por maiores requisitos de pré-pagamento e/ou renda”, afirmam os analistas Bruno Mendonça, do Bradesco BBI, e José Cataldo, da Ágora.
A Genial Investimentos destaca que o landbank (banco de terrenos) da Tenda continua em níveis “super saudáveis”, com capacidade de lançamentos potencial de R$ 12,4 bilhões.
“Ainda, houve um aumento do percentual do landbank que será pago via permuta, reduzindo a exposição de caixa da companhia e permitindo maior geração de caixa no futuro”, acrescenta a corretora.
A Genial está com a ação da Tenda sob revisão.
A XP Investimentos, após a divulgação de dados trimestrais “sólidos”, segue com visão positiva para a empresa. A equipe de análise da corretora destaca o valuation atrativo, com a ação negociada a 6 vezes P/L (preço sobre lucro) em 2022.
Disclaimer
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.