Mercados

Tenda (TEND3): Por que a ação derrete mais de 10% na bolsa hoje (13)?

13 mar 2025, 11:16 - atualizado em 13 mar 2025, 11:37
Tenda, TEND3, Construção Civil, Mercados, Empresas, XP Investimentos
Os papéis chegaram a cair mais de 8% na primeira hora do pregão, entrando inclusive em leilão por conta da oscilação máxima permitida (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

As ações da Tenda (TEND3) configuram entre as principais quedas do dia na bolsa de valores após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24). Os papéis chegaram a cair mais de 10% na primeira hora do pregão, entrando inclusive em leilão por conta da oscilação máxima permitida. Por volta das 10h30, TEND3 caia 7,81%, cotado a R$ 13,33.



A construtora registrou lucro líquido consolidado de R$ 21,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo prejuízo de R$ 19,6 milhões apurado no mesmo período de 2023.

A receita líquida do grupo, que inclui a marca homônima e a divisão de casas pré-fabricadas Alea, somou R$ 850,6 milhões nos três meses encerrados em dezembro, 12,7% acima de um ano antes, conforme relatório de resultados.

A marca Tenda, principal operação do grupo, atingiu todas as previsões para 2024, enquanto a Alea não conseguiu atingir as expectativas para vendas líquidas e Ebitda ajustado.

No entanto, os resultados não foram suficientes para os analistas da Genial. Para Luis Asis e Bernardo Noel, que assinam o relatório, o compilado veio abaixo do esperado, impulsionado principalmente pela contabilização de alguns impactos não-recorrentes de projetos do Pode Entrar, revisão orçamentária, além de um resultado fraco da sua subsidiária Alea.

Eles reforçam que, mesmo desconsiderando os impactos de Pode Entrar, o lucro ainda estaria abaixo do esperado, pois outro ponto não estava na conta: a revisão de inflação para os projetos, que antes era de 5% e foi para 7%.

Na visão da Genial, por mais que a reação seja negativa, há um maior conservadorismo dentro da companhia que sustenta uma tese de sucesso no seu turnaround e efetivamente entregar números similares às expectativas.

“Os maiores riscos de downside para a tese hoje, até onde entendemos, são exógenos à companhia, essencialmente relacionados a riscos macroeconômicos e a mudanças em programas sociais”, destacam.

Já o Itaú BBA avaliou que os números vieram mistos e que enxergam a geração de caixa da marca Tenda, excluindo o Pode Entrar, com uma melhora na margem bruta. Porém, concorda com a Genial sobre os impactos negativos das provisões adicionais.

“Alguns investidores podem não considerar como não recorrentes ou não operacionais neste momento”, pondera o banco.

O Banco Safra, por sua vez, destacou os mesmos pontos e avaliou que a recomendação para a ação segue como “Outperform”, o que corresponde a “compra”, com uma projeção de retorno sobre o patrimônio de 34% em 2025.

Durante a teleconferência de resultados nesta quinta (13), Luiz Garcia, CFO da Tenda, reforçou a sua visão positiva para a companhia a avaliou que os custos estão rodando abaixo do INCC, a inflação da construção, e que estão animados para superar o guidance de vendas e margem de 2025.

Em dezembro, a construtora anunciou suas projeções para 2025, incluindo um lucro líquido de até R$ 380 milhões para Tenda e R$ 20 milhões para Alea — que também teve uma participação de 6,97% vendida para um fundo gerido pela Good Karma Partners.

*Com informações da Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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