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Tenda (TEND3) e MRV (MRVE3) puxam alta de construtoras após Lula vencer eleições

31 out 2022, 14:10 - atualizado em 31 out 2022, 14:10
Tenda
Construtoras sobem na bolsa brasileira, puxadas pelas empresas do segmento de baixa renda, reagindo positivamente à eleição de Lula (Imagem: Facebook/Construtora Tenda)

As construtoras de baixa renda estão puxando a alta do setor na B3, reagindo à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República. As ações da Tenda (TEND3) lideram as altas, de quase 3%.

Mais cedo, os papéis da MRV (MRVE3) chegaram a liderar as altas no Ibovespa, avançando mais de 8%, enquanto a Tenda subiu mais de 10%. O setor de construção civil sobe 0,5%, reduzindo os ganhos de quase 5% no início do pregão.

Expectativa positiva com Lula

Os analistas da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman e Pedro Serra, comentam que a possibilidade de maior incentivo do governo Lula nas políticas sociais, incluindo o programa Minha Casa, Minha Vida, podem beneficiar as construtoras do segmento de baixa renda e, com isso, as empresas aproveitam o momento.

Os analistas da Toro Investimentos, João Freitas, Lucas Carvalho, Lucas Serra e Paloma Brum, destacam que a expectativa é de melhora para o setor com a eleição do ex-presidente e com as perspectivas de estabilização e até queda da taxa Selic nos próximos meses.

Segundo eles, há uma agenda forte por parte do governo Lula quanto aos programas de incentivo ao setor, com o objetivo de estimular as famílias de baixa renda a adquirir um imóvel, por meio da volta do Minha Casa, Minha Vida. O programa nasceu no segundo governo de Lula, em 2009, e mudou de nome para Casa Verde e Amarela em 2020.

“Estimamos um cenário positivo para as incorporadoras de imóveis que atendam aos critérios dos programas governamentais, como, por exemplo, Cury (CURY3), Direcional [DIRR3] e MRV”, reforçam.

Há pouco, as ações da Cury subiam 1,3% e as da Direcional perto de 1%.

Impacto dos juros nas construtoras

“Apesar de uma possível pressão nas taxas de juros em caso de estresse no ambiente fiscal, acreditamos que o Brasil está bem posicionado, com a Selic já em patamares elevados e com a inflação arrefecendo”, diz a Toro.

Os analistas destacam que a expectativa de que a taxa de juros se acomode no médio prazo e, eventualmente, venha a cair, implicando em um catalisador para o aumento da demanda por financiamentos imobiliários. “A desaceleração da inflação também possibilita a recuperação de margens por parte das construtoras”, acrescentam.

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